quarta-feira, 30 de março de 2011

GOSTO DE CEREJA (1997)

Como é sabido, o cinema iraniano é um dos mais engajados do mundo, tratando de protestos sociais e políticos que assolam o país. Não é a toa que Jafar Panahi, um dos cineastas mais ativos do Irã, vive uma represália por parte do autoritário governo de Mahmoud Ahmadinejad, que o proibe de deixar o país. Mas apesar  da severa censura que sofrem os artistas iranianos, seu cinema sobrevive com suas belas obras, expressando a rica cultura através de poemas cinematográficos.  E nesse cinema de grande expressão mundial, existe um representante que já ganhou prêmios nos principais festivais do planeta. Seu nome é Abbas Kiarostami, cineasta, roteirista e produtor de grandes obras. Dentre elas destacam-se, Close-Up (1990), "Onde Fica a Casa do meu Amigo?" (1987), "Através das Oliveiras" (1994) e "The Wind Will Carry Us" (1999). Mas sua notoriedade veio em 1997, com a Palma de Ouro em Cannes que dividiu com o japonês Shohei Imamura. O filme que o sagrou chama-se "Gosto de Cereja", considerado por muitos como seu grande trabalho, e consequentemente a película mais conhecida do país.
Contudo o esteriótipo que o cinema iraniano adquiriu, sobre ser enfadonho e pseudo-intelectual, limita a curiosidade de muitos cinéfilos. Para começar assistir cinema do Irã, eu aconselho aos "novatos" essa premiada película de Abbas Kiarostami.  "Gosto de Cereja" tem uma premissa simples, com um dos desfechos mais marcantes que assisti na vida, que certamente conquistara a indiferença diante do belo cinema produzido pelo país.



A príncipio o espectador pega carona com um impaciente motorista chamado Badii. O homem de meia idade procura incansavelmente pelas ruas de Teerã,  algum trabalhador que ele possa oferecer um serviço simples e rápido. A príncipio ele aborda três homens. O primeiro é um soldado curdo, que além de recusar o trabalho,  foge desenfreadamente após tomar conhecimento sobre a proposta. Na segunda tentativa, Badii aborda um solitário segurança afegão, que vigia um terreno arenoso aos arredores da capital iraniana. Já na terceira tentativa, o desesperado homem propõe a um jovem seminarista afegão, a mesma oferta de emprego que outros recusaram. O religioso também não aceita.



Quem acaba aceitando é um velho professor de biologia chamado Bagheri. Mesmo contra seus preceitos, o ancião concorda com a perturbadora proposta por dinheiro. O trabalho consiste simplesmente em enterrar Badii em um buraco que o próprio escolheu para morrer.O argumento sobre a beleza da vida, e sobre a capacidade humana de desvirtuar os acontecimentos, acometidos simplesmente por impulsos, permeia "Gosto de Cereja" com poesia. Bagheri defronta-se com o misterioso homem que lhe oferece emprego, tentando faze-lo mudar de idéia. Nunca sabemos o motivo que encoraja o protagonista a tirar a própria vida.



O desfecho da trama ilustra a desvalorização que o humano dá à vida ao seu redor. E com uma simplória participação do cineasta iraniano, Kiarostami lembra o espectador de que ele está apenas assistindo a um filme.  E não o deixa esquecer sobre a capacidade que a mente humana tem para iludir, desvalorizando a real beleza da vida.  "Gosto de Cereja" é um grande debute para quem quer conhecer melhor o rico cinema iraniano.

sábado, 26 de março de 2011

SUCKER PUNCH - O MUNDO SURREAL (2011)

Quando vi as primeiras imagens de "Sucker Punch", meu ímpeto nerd de ver o filme, fez com que eu chegasse a fazer contagem regressiva para estréia. Zumbis, trincheiras, dragões, samurais,  belas moças lutando com roupas apertadas e pequenas. Nada mal. Pensei comigo; "vou dar uma chance para esse filme de ação ´desmiolada´para me divertir".

Eis que acabo de chegar do cinema, depois de uma sessão do famigerado filme. Para vocês ententenderem, vou resumir meus sentimentos com apenas uma palavra; lastimável. Não sei se foi minha expectativa em torno da suposta ação despretensiosa sobre garotas guerreiras, ou se foi um pequeno relapso "teen" que acometeu esse cinéfilo que vos escreve. "Sucker Punch" seria melhor, se apenas se limitasse a divertir, e não criar sequências piegas de auto-ajuda.


Na trama Babydoll (a fraquíssima Emily Browning) perde a mãe, e fica a mercê de seu padrasto mal intencionado. O viúvo, frustado ao saber que a herança foi repassada apenas para as duas filhas da esposa, decide dar um fim nelas. Contudo nossa protagonista acidentalmente piora a situação ao tentar ajudar sua irmã, causando uma tragédia.

O fatídico desfecho leva Babydoll a ser internada em um manicômio. Sem escrupúlos, seu padrasto paga a um corrupto enfermeiro (Oscar Isaac, a cara do ator global Rodrigo Lombardi) afim dele forjar a assinatura da psiquiatra (Carla Gugino) da casa de repouso. Com o documento falsamente assinado, fica autorizado o procedimento de lobotomia em Babydoll.



Durante a intervenção cirúrgia, o cenário do manicômio desaparece, para dar espaço a um bordel. O enfermeiro corrupto passa a ser Blue Jones, um violento cafetão sem precedentes. A orfã Babydoll passa então a ser notada pela dança sensual, causando espanto em todos. Inclusive em outras dançarinas do local, como Sweet Pea (Abbie Cornish), Rocket (Jena Malone), Blondie (Vanessa Hudgens) e Amber (Jamie Chung).



A dança de Babydoll passa a se tornar um refúgio da sub-realidade que é o bordel. É durante suas apresentações cênicas que a protagonista com cara de piedade, se torna uma imbatível guerreira espadachim. O volume aumenta, e ao som de "Army of Me" de Bjork, presenciamos o duelo da tristonha garota com três samurais gigantes. Mas antes nossa cara Babydoll é apresentada a um velho sábio (Scott Glenn), que lhe informa os quatro objetos que a libertará.


Depois disso, um pouco de enrolação, pontuado por cenas de explosões, pancadarias e um escancarado fetichismo. O filme me frustrou tanto, que nem os efeitos especiais me inspiraram. O CGI "preguiçoso" de "Sucker Punch" , por exemplo, me deu a impressão de estar vendo uma animação. De longe os dragões, os samurais ou os andróides parecem reais. As cenas de ação são até que bem coreografadas, mas nada que impressione. A não que você nunca tenha ouvido falar em "Matrix" na vida.



 As atuações também deixam a desejar. A falta de carisma das atrizes só não é pior, devido seus voluptuosos corpos. Sem inspiração por parte das atrizes, não dá nem vontade de torcer pelas personagens. Com um "destaque" maior para insossa Emily Browning, intérprete de Babydoll. Suas expressões faciais são as mesmas durante todo o filme, haja o que houver. E a Vanessa Hudgens então?! Seu papel tem pouca relevância, tanto quanto toda série de "High School Musical" na qual protagoniza.


Desde "Madrugada dos Mortos" acompanhei a pequena filmografia do diretor Zach Snyder. Sempre o achei talentoso. "300" e "Watchmen" são bons blockbusters.  Com "Sucker Punch", Snyder precisava de um pretexto para jogar suas referências "pop" preferidas, mescladas a um roteiro banal. A película que podia ser uma bobeira gostosa de se ver (tipo um "Kill Bill" com CGI), se tornou um filme de ação dramático ruim e piegas.



"Sucker Punch" é um soco em suas expectativas. Se você ainda não viu, corra desse filme, como se estivesse fugindo de um hospício.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Elizabeth Taylor (1932-2011)

Soube da morte de Elizabeth Taylor, no meu trabalho. Não pude esconder meu choque quando soube de seu falecimento. Apesar do conhecimento que tinha sobre o estado de saúde da atriz, a notícia me pegou de jeito. Afinal ela foi uma das primeiras atrizes de cinema que conheci na vida.

Liz Taylor (como ela não gostava de ser chamada) era muito mais que beleza. Aliás, e que beleza!!! Seus olhos cor violeta se tornaram um símbolo da atriz, que durante anos fora perseguida pela imprensa. Seus casamentos mal sucedidos (totalizando oito), escândalos envolvendo o alcoolismo, o affair que tinha com o ator britânico Richard Burton e sua luta contra a AIDS, foram temas que ofuscaram (positivamente ou não), sua grande carreira.

Dona de dois Oscars, Elizabeth Taylor vivenciou um declínio em sua carreira justamente por seu personagem mais famoso em "Cleopatra" de 1963. O filme que quase faliu a Fox, ofereceu a diva a primeira quantia de U$1 milhão para uma atriz. A película, que até então fora a mais cara do cinema (orçada em U$44 milhões), passou por três anos até sua conclusão. Crítica e público não se convenceram e "Cleopatra" foi aquém do esperado nas bilheterias. O épico de Joseph L. Mankiewicz ganhou apenas alguns Oscars em categorias técnicas.


Mas "Cleopatra" não foi um divisor de águas apenas em sua profissão. Foi nas filmagens do filme que ela se apaixonou por Richard Burton, prestigiado ator britânico que interpretava Marco Antônio. A parceria artística continuou por mais cinco filmes; "Gente Muito Importante", "Quem Tem Medo de Virginia Woolf?", "A Megera Domada", "The Comedians". E que química tinha o casal, que se divorciaram e casaram duas vezes!!!


Elizabeth Taylor, Rock Hudson e James Dean, astros de "Assim Caminha a Humanidade"

 Em 1967, a atriz ganhou o Oscar de melhor atriz por "Quem Tem Medo de Virginia Woolf?", interpretando a  lunática Martha, personagem eternizada por Taylor. Por esse papel a atriz ganhou seu segundo Oscar, já que o primeiro foi por "Disque Butterfield 8" de Daniel Mann. A atriz que tinha como grande amigo Michael Jackson, teve um início de carreira precoce como o cantor pop. Aos 10 anos estreiou em "There´s One Born Every Minute", comédia pouco conhecida, que tem apenas o debute de Taylor como principal reconhecimento.

Dentre seus grandes filmes destacam-se; Gato em Teto de Zinco Quente (1958), Um Lugar ao Sol (1951), Assim Caminha a Humanidade (1956), De repente, no Último Verão (1959), A Árvora da Vida (1957), além dos já citados Cleopatra (1963), Quem tem Medo de Virginia Woolf (1966) e A Megera Domada (1967).

 Com David Bowie
 Com Michael Jackson
Com Elton John

Foi em 1956 no set de "Assim Caminha a Humanidade", que Liz Taylor conheceu seu grande amigo Rock Hudson. O ator que escondeu sua homossexualidade durante a vida, faleu em decorrência do HIV. Graças ao falecimento do grande amigo, Taylor se engajou contra o vírus organizando uma fundação afim de arrecadar fundos para pesquisas da doença. E até seus últimos meses de vida, Elizabeth Taylor se dedicou a essa causa, ofuscando seus escândalos sexuais e alcóolicos.


 A bela atriz morreu hoje (23) de madrugada, aos 79 anos, em decorrência de uma congestão cardíaca que já fora diagnosticada alguns anos antes. Elizabeth Taylor passou a ser tornar uma lenda.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Enfim começaram as filmagens de "O Hobbit"

A capital neozelandesa acordou nessa segunda-feira (21) em polvorosa. Tudo graças ao começo das filmagens da famigerada adaptação cinematográfica de "O Hobbit" de J.R.R.Tolkien. Como é válido ressaltar, o livro serve como um prelúdio para "O Senhor dos Anéis". O mago Gandalf (Ian McKellen) e mais 13 anões, incluindo Thorin Escudo de Carvalho, contratam o valente Bilbo Bolseiro em uma jornada até a perigosa Montanha Solitária. O local é habitado por Smaug, um temível dragão que repousa sobre um tesouro de valor imensurável.

É nessa jornada que o pequeno Hobbit Bilbo Bolseiro encontra o famigerado "Anel do Poder", que há muito tempo estava perdido na Terra Média. O protagonista de "O Hobbit" que na saga de "O Senhor dos Anéis" foi intepretado por Ian Holm, agora contará com o talento do inglês Martin Freeman. E como é sabido, a adaptação terá duas partes, que serão rodadas simultaneamente. A primeira tem previsão para estreiar em dezembro de 2012, e a segunda um ano depois. Tal como foi com a trilogia dos "Anéis".


Os bastidores desse filme são tão conturbados quanto a história de "O Hobbit". A adaptação começou a ser filmada hoje com um atraso de quase dois anos. Tudo graças ao endividamento do tradicional estúdio americano MGM, até então dono dos direitos da obra de Tolkien. Originalmente o responsável pela direção do filme seria o unipresente cineasta mexicano Guillermo Del Toro. Devido as intermináveis ameaças do estúdio do leão, e a agenda lotada, Del Toro então decidiu passar a direção para o co-produtor do filme; Peter Jackson. O neozelandês responsável pela saga da Terra-Média nos cinemas aceitou encarar o duro desafio novamente.

Mas além dos problemas com a MGM e Guillermo Del Toro, a produção sofreu com o sindicato de atores da Nova Zelândia, juntamente com uma cirurgia de urgência, que impossibilitou Jackson de trabalhar. Um mês depois do procedimento cirúrgico, o oscarizado cineasta começou sua odisséia para levar o mundo de Tolkien novamente para as telas. Ele tem quase dois anos para finalizar os dois filmes, que estão orçados em cerca de U$500 milhões. Um investimento e tanto da Warner e MGM, que no futuro certamente vão ter o dinheiro em dobro.

Em 1977 a emissora estadunidense NBC transmitiu a animação "The Hobbit", que é muito criticada pelos fãs da obra

sábado, 19 de março de 2011

Perfil - Quem é Tom Hardy?

   Eu não conhecia Tom Hardy antes de assistir "A Origem". Entre nomes como de Leonardo Di Caprio, Ellen Page, Joseph Gordon-Levitt e Michael Caine, figurava o desconhecido ator londrino. Entre as várias qualidades do último filme de Christopher Nolan, está a performance de Hardy. Desde então seu nome passou a figurar entre grandes projetos.

   A parceria com Nolan vai se repetir no aguardado capítulo final da saga de Batman. Em "The Dark Knight Rises", Tom Hardy vai ter que aumentar sua massa muscular (mais uma vez) para viver Bane, vilão do Batman que já foi abordado no péssimo "Batman e Robin" de Joel Schumacher.

Mas quem é Tom Hardy, que praticamente do nada surgiu como um grande ator em potencial, e já conquista Hollywood? Como escrevi acima, Tom Hardy nasceu em Londres em 1977. Mesmo com 33 anos, o ator já teve muitos problemas na vida. No fim de sua adolescência, e antes mesmo de estreiar como ator na premiada mini-série "Band of The Brothers", Hardy se envolveu com drogas, bebidas e consequentemente com a delinquência.

 Nêmesis (2002)

A série de guerra produzida por Steven Spielberg e Tom Hanks, projetou Tom Hardy para um filme do mesmo gênero. Fez uma ponta em "Falcão Negro em Perigo", e depois participou de "Star Trek-Nêmesis" em 2002. Nessa época Hardy ainda vivia problemas com os vícios, acabando até com seu casamento de cinco anos. Decidiu então se afastar um pouco das câmeras para se tratar.

 Oliver Twist (2007)

Retornou no ano seguinte com as peças 'In Arabia We'd All Be Kings', e 'Blood.' Ambas lhe renderam o prêmio de revelação mais promissora em 2003. Desde então participou de alguns filmes, mesmo em papéis menores. Ao mesmo tempo ganhava destaque em papéis secundários em séries britânicas como em "Oliver Twist" e "The Virgin Queen".

  Nem Tudo é o Que Parece (2004)

Tom Hardy passou a figurar em películas de grandes orçamentos, tornando-se cada vez mais um rosto conhecido. "Nem Tudo é o Que Parece", "Maria Antonieta", "Scenes of a Sexual Nature" e "Rock´n´Rolla" são alguns dos filmes que estrelou antes de sua guinada na carreira. Em 2008, a convite do cineasta Nicolas Winding Refn, Hardy recebeu sua primeira proposta para atuar como protagonista em um filme. Para isso o ator deveria engordar 20 quilos para viver o criminoso Michael Peterson, mais conhecido como Charles Bronson. Além de criar massa muscular, Hardy deixou um bigode e ficou calvo tal como o verdadeiro Peterson. 

 Bronson (2008)

O resultado foi bastante convincente em "Bronson" que por consequência o lançou ao estrelato. Impressioando com a atuação visceral de Hardy, Christopher Nolan o convidou para participar de "A Origem". Apesar de suas qualidades técnicas, o filme não conta com atuações inesquecíveis dos atores que o protagonizaram. Como citei no começo do texto, Hardy é o único que chama a atenção com o charme rude de seu personagem em "A Origem".

 A Origem (2010)

Além de seu papel como Banes, um dos vilões menos conhecidos de Batman, Hardy foi chamado para protagonizar o reboot de Mad Max. Em 2011, o promissor ator inglês lançará três filmes; O drama de ação "Warrior", "This Means War" ao lado de Reese Witherspoon, e "Tinker, Tailor, Solider, Spy", que conta no elenco com o recém oscarizado Colin Firth.

Hardy no set de "Tinker, Taylor, Soldier, Spy"

Agora é só aguardar os próximos papéis do talentoso ator londrino, que tem boac chances de se tornar um astro do cinema.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Sucker Punch- Curta animado- The Trenches (As Trincheiras)


Como todos sabem, no próximo dia 25 de março é a estréia mundial do aguardado filme "Sucker Punch". Sob a supervisão de Zack Snyder, diretor e criador do fantástico mundo do filme, foi lançado na internet um curta de animação para divulgar o universo de "Sucker Punch". Na trama de quase 3 minutos, acompanhamos a transformação de um soldado morto em batalha para um cyborg militar. Eventuamente ele se defronta com o grupo de heroínas do filme.

Confira o desenho.



terça-feira, 15 de março de 2011

FILMES QUE VIRÃO DOS ÚLTIMOS OSCARIZADOS



"Melhor Ator"- Colin Firth- O ator inglês tem três projetos para o futuro. Para 2011, o protagonista de "O Discurso do Rei" tem como certo a estréia do filme "Tinker, Tailor, Soldier, Spy". Além de Firth, essa película inglesa de suspense conta com Gary Oldman, Tom Hardy, Mark Strong e Cierán Hinds no elenco. O filme é dirigido por Tomas Alfredson, responsável por "Deixe Ela Entrar" (2008). "Tinker, Tailor, Soldier, Spy" é uma adaptação cinematográfica do romance de John le Carré, e tem previsão para estreiar na Inglaterra no dia 16 de agosto.

Além do suspense, Colin Firth será o protagonista de "Gambit", comédia escrita pelos irmãos Coen, e dirigida por Michael Hoffman. Possivelmente o filme estréia em 2012. Além desse filme, Fith podera estrelar "Stoker" o primeiro filme americano do sul-coreano Chan-wook Park. Parece que a"maldição do Oscar" não vai cair sob o talentoso ator britânico, diante das ótimas parcerias em seus próximos projetos.



"Melhor Atriz"- Natalie Portman- A bela atriz, recém oscarizada está grávida, e possívelmente vai sair de cena por algum tempo. Mas enquanto isso, os fãs de Natalie poderão se contentar com dois projetos que vão ser lançado até metade do ano. O primeiro filme se trata da comédia medieval "Your Highness", na qual a atriz interpreta uma corajosa guerreira, que ajuda dois príncipes (James Franco e Danny McBride), a resgatar a virginal princesa Belladonna (Zooey Deschanel) das garras de um feiticeiro (Justin Theroux). O filme é dirigido por David Gordon Green, responsável pela divertida comédia "Segurando as Pontas". A data de estreia nos EUA está prevista para 07 de abril. Veja o trailer abaixo.


Já o segundo projeto da protagonista de "Cisne Negro", é o aguardado filme do super-herói da Marvel, "Thor". Natalie interpreta Jane Foster, o affair do herói de Asgard. O filme dirigido por Kenneth Branagh estreia no Brasil no dia 29 de abril. Confira o trailer.




"Melhor ator coadjuvante"- Christian Bale- Vencedor do Oscar pelo excelente papel em "O Vencedor", Bale filma no momento o novo projeto do aclamado cineasta chinês Yimou Zhang. Trata-se de "13 Flowers of Nanjing", drama histórico sobre o famoso massacre que aconteceu em 1937 na cidade chinesa de Nanquim (Nanjing), durante a guerra sino-japonesa. O filme está orçado em 600 milhões de Yuen (U$90 milhoes), ou seja, uma das produções mais caras da história China.

Além da película oriental, como todos sabem o ator galês é o Batman da cine-série de Christopher Nolan. O terceiro filme do super-herói, um dos mais aguardados para os próximos anos, já tem data para estreia; dia 20 de julho de 2012. Enquanto isso os fãs do "Cavaleiro negro" se divertem pela internet com as supostas premissas que não param de bombar sobre o filme. Além de Bale, "The Dark Knight Rises" contara com Anne Hathaway, Joseph Gordon-Levitt, Gary Oldman, Tom Hardy, Marion Cotillard, Morgan Freeman e Michael Caine.


"Melhor Atriz Coadjuvante"- Melissa Leo- Dos último premiados pela Academia, nas categorias de atuação, Melissa Leo é a que tem mais projetos. Em sua grande maioria, os próximos filmes de Melissa são produções indie. Em uma delas, a premiada atriz de "O Vencedor" contracena com o veterano Robert Duvall no filme "Seven Days in Utopia". Ela também está em "Red State", esperado suspense de Kevin Smith que esta em turnê nos EUA. Confira o interessante trailer do filme.

segunda-feira, 14 de março de 2011

O AMIGO AMERICANO (1977)

Alguns cineastas ficaram conhecidos por seus maneirismos, estilos e temas. Quem é cinéfilo reconhece uma obra Felliniana, ou um filme de Ingmar Bergman. E qual película de Woody Allen passaria batida diante de um legítimo apreciador de cinema?

Wim Wenders é um cineasta, como os demais citados acima, que não passa desapercebido. O diretor alemão caminha acima da linha tênue entre a arte e o entretenimento, Não é a toa que ele foi o primeiro diretor de arte a rodar uma película em 3D. O documentário "Pina", sobre a famosa coreógrafa alemã Pina Bausch, rendeu efusivos elogios dos críticos no último Festival de Berlim.

Em "O Amigo Americano", pode-se provar alguns dos maneirismos de Wenders. Por exemplo, seu interesse pela cultura norte-americana, demonstrada em alguns de seus filmes como em "Paris, Texas". Ou mesmo sua persistência em rodar "Road Movies", mesmo que nessa película a grande parte das viagens dos personagens seja feito de avião.


Na película, o famoso personagem americano Tom Ripley protagoniza o filme. Dennis Hooper depois de uma fase conturbada em sua vida pessoal, foi alçado para o "mainstream" novamente interpretando o famoso "bon-vivant" Ripley. A complexa personalidade do personagem nunca foi tão bem abordada no cinema como nesse filme. Wenders se aprofunda nos dilemas morais de Tom Ripley, que inseguro de si decide ajudar Jonathan Zimmermann (Bruno Ganz) , um moldurista alemão que está a beira da morte. Chantageado emocionalmente, o moldurista é contactado para matar dois mafiosos de famílias rivais.O homem que deseja vê-los morto é um rico francês chamado Raoul Minot.


Para convencer Zimmermann a matar, Minot usa de suas influências para falsificar um diagnóstico sobre o verdadeiro estado de saúde, desesperando o alemão. O excelente trabalho do ator  Bruno Ganz, faz com que seu personagem transpire a angústia de um honesto chefe de família, que não tem nada a perder. Piedoso Tom Ripley decide ajudar o moldurista alemão, tranformando a relação dos dois em uma grande amizade.


Além de ser um belo "thriller", "O Amigo Americano" passa alguma mensagens subjetivas durante a metragem da película. Por exemplo, quase todos atores do filmes são cineastas que Wim Wenders admira. Nicholas Ray (FOTO), famoso diretor americano de clássicos como "Bigger Than Life" e "Johnny Guitar", interpreta Derwatt, um velho pintor que ganha dinheiro graças a fama que desenvolveu emcima de sua falsa morte. Sua participação no filme foi uma grande homenagem de Wim Wenders a ele. Como o pintor que interpreta no filme, Ray era mais aclamado na Europa do que nos EUA, sua terra natal, praticamente esquecido por conterrâneos. Entre outros cineastas que participam como ator estão Samuel Fuller, Gérard Blain, Peter Lilienthal, Daniel Schmid, Jean Eustache, além de Dennis Hopper.


O desfecho da película culmina na catarse de Zimmerman, que tranforma a sucessão de acontecimentos, em um escapismo beirando ao infantil. Sua amizade com Ripley é posta à prova, levando-o as últimas consequências. Um grande suspense dramático, lindamente fotografado, que apesar de ser um filme secundário da filmografia de Wenders, merece sua atenção. Um filme que percorre a diversão e a arte em seu esplendor.

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Dennis Hopper
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Asas do Desejo (1987)
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sábado, 12 de março de 2011

10 melhores mockumentários

10-) Verdades e Mentiras de Orson Welles (1973)
Até o cineasta do "melhor filme de todos os tempos se entregou ao divertido gênero dos falsos documentário. "Verdades e Mentiras" é a última grande obra de Orson Welles, que conta detalhes da vida de dois famosos falsários; Elmyr de Hory e Clifford Irving. O primeiro é um famoso falsificador de quadros, já o segundo é um jornalista picareta que enganou a todos ao divulgar que escreveria uma biografia autorizada de Howard Hughes. Até ai tudo bem, mas Welles engana o público com uma deliciosa história envolvendo o pintor Pablo Picasso. Ok, "Verdades e Mentiras", não é totalmente um falso documentário, mas sua presença é obrigatória nessa lista.
Crítica: larioscine.blogspot.com/.../verdades-e-mentiras-1973.html

09-) [REC] de Jaume Balagueró e Paco Plaza (2007)
O filme começa com a simpática repórter espanhola Àngela Vidal apresentando os bombeiros de um posto, durante a noite. Quando não combatem fogo, os intrépidos profissionais jogam basquete ou apenas põem a conversa em dia. Até que soa o alarme e a despretenciosa jornalista segue os passos dos bombeiros, afim de registrar o trabalho deles. A chamada partiu de um antigo prédio no centro de Barcelona. Ela mal sabia que jamais iria sair daquele local com vida. Pablo, o fiel cinegrafista da repórter registra toda estranha movimentação do prédio, até as últimas consequências. Simplesmente genial.

08-) Borat de Larry Charles (2007)
Sacha Baron Cohen certamente é um dos melhores comediantes em atividade. Eternizado pelo sue caricato repórter cazaque, o britânico Cohen dificilmente se desvinculara desse personagem. Em "Borat", a câmera segue os passos de um repórter de uma tv do Cazaquistão nos EUA, em busca de uma entrevista com Pamela Anderson. O filme é uma clara ironia a ignorancia estadunidense que acredita nos assombrosos e exôticos costumes do jornalista. Caso você não tenha visto, então prepare-se para sentir "vergonha alheia", e sobretudo, muito nojo.

07-) Aconteceu Perto da sua Casa de Rémy Belvaux (1992)
Excelente "thriller" francês, onde um grupo de documentaristas registram o dia-a-dia de um sanguinário assassino. No caso o objeto retratado é Ben, um solitário homicida intolerante, mas demasiadamente polido. Certamente o filme tem bastante humor, inclusive na cena em que os temeroso documentaristas são convidados a se divertirem com o ilustre assassino. Apesar das risadas garantias, "Aconteceu Perto da sua Casa" tem uma das cenas de estupro mais fortes do cinema.

06-) Noroi de Kôji Shiraishi (2005)
"Noroi" é o tipo de filme que te deixa incomodado após o término da película. Ao melhor estilo "J-Horror", a película aborda uma maldição proveniente de um ritual para uma entidade chamada Kagutaba. O controlador da câmera é um investigador de fenômenos paranormais que trabalha registrando todos seus passos. Com ajuda de um estranho paranormal e de uma repórter amaldiçoada, o investigador precisa desvendar o paradeiro de uma menina desaparecida. "Noroi" é recomendável para fãs de filmes realmente assustadores.

05-) Best in Show de Christopher Guest (2000)
Christopher Guest é um dos poucos diretores que se especializou em "mockumentários". Tanto como cineasta, como ator, Guest dirigiu alguns falsos documentários de comédia. Entre todos, o mais divertido é "Best in Show". No filme somos apresentados a uma competição de cães, e a relação de seus respectivos donos uns com os outros, nos bastidores do show.

04-) Cannibal Holocasust de Ruggero Deodato (1980)
Proibido em diversos países pelo seu teor violento, "Cannibal Holocaust" é um dos filmes com mais lendas sobre seus bastidores. Na película do italiano Ruggero Deodato, um antropólogo decide fazer uma busca por um grupo de jovens desaparecidos em plena floresta Amazônica. Ao invés de achar os integrantes vivos, o estudioso se depara com uma gravação que é a chave sobre o desaparecimento do grupo. A partir dai o filme se torna um falso registro de "bárbaries" cometidas pelos "civilizados cidadãos americanos" dentro de um território de índios canibais. As cenas reais com morte de animais escandalizam o público mais sensível até hoje em dia.

 03-) A Bruxa de Blair de Daniel Myrick e Eduardo Sánchez
Graças ao marketing convincente, muitas pessoas foram ao cinema pensando que iriam assistir a um documentário verdadeiro.  "A Bruxa de Blair" é um dos "mockumentários" mais realistas e assustadores. Não é a toa que foi um dos filmes mais lucrativos da história. Orçado em meros U$60 mil, a película arrecadou U$140 milhões só nos EUA. Os responsáveis pelo filme nunca mais fizeram sucesso com outros projetos. Também pudera, com o investimento bem sucedido, Myrick e Sánchez podem gozar tranquilamente de uma boa vida, colhendo os frutos que a velha bruxa de Blair lhes proporcionou.

02-) Zelig de Woody Allen (1983)
Considerado por muitos críticos como um dos filmes definitivos de Woody Allen, "Zelig" é o filme mais engraçado do cineasta. As imagens em preto e branco documentam a história de um homem sem personalidade que se metamofoseia de acordo com as pessoas ao seu redor. Zelig (Woody Allen) é o nome do indivíduo que vira sensação nos EUA durante as décadas de 20 e 30. Ele é acolhido por estudiosos que tentam desvendar sua misteriosa atitude de metamorfose, inclusive por uma psiquiatra (Mia Farrow) que acaba se apaixonando por ele. Além das divertidas imagens de "época" retratando os cidadãos americanos do período empolgados com as notícias de Zelig, o filme conta com entrevistas reais com personalidades famosas contando a história do personagem criado por Allen. O vencedor do Nobel de literatura Saul Bellow, por exemplo, foi um dos entrevistados. "Zelig" é uma divertida crítica a mídia, às mascaras sociais e ao antissemitismo.

01-) Isto É Spinal Tap de Rob Reiner (1984)
Quando Rob,  filho do famoso comediante Carl Reiner decidiu homenagear e sátira ao rock com seus amigos, ele não esperava tamanha cultuação. Afinal "Isto é Spinal Tap" é mais que uma comédia sobre os bastidores de uma decadente banda de rock. O filme originou fãs da fictícia banda, tornando-a verdadeira. A aceitação veio com o passar dos anos, já que na época em que estreiou, "Isto é Spinal Tap" não foi bem em arrecadação em bilheteria. No falso documentário de 1984, acompanhamos um documentarista (interpretado por Rob Reiner) que traça o histórico da lendária banda "Spinal Tap" desde seus primórdios. De sua fase psicodélica até a mística. Entre os membros da bandas estão Nigel Tufnel (Christopher Guest), David St.Hubbins (Michael McKean) e Derek Smalls (Harry Shearer). O ponto alto do filme são os bastidores do show, como por exemplo as misteriosas mortes dos bateristas, o volume das caixas de som, e os  frustrantes efeitos especiais usados na apresentação da banda. "Isto é Spinal Tap" para mim é o melhor mockumentário da história, sem dúvida nenhuma. Confira baixo um dos trechos mais engraçados do filme



 

"In ancient times, hundreds of years before the dawn of history, an ancient race of people... the Druids. No one knows who they were or what they were doing..."

 

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