terça-feira, 26 de julho de 2011

Comic-Con 2011

A Comic-Con 2011, evento que aconteceu em San Diego (CA), teve seu fim na último domingo. E os sortudos trajados de figurinos e referências pop que estiveram na grande "Meca" nerd, presenciaram momentos inesquecíveis e também desastres já anunciados. Fiz um apanhado de pesquisas para tentar descobrir os pontos altos do evento desse ano. Confira abaixo.

 Colin Farrell - O astro irlandês esteve no evento para divulgar dois projetos interessantes para o mundo nerd. O primeiro é a refilmagem de "A Hora do Espanto", que divide opiniões, já que o original é um dos filmes de terror de vampiros mais divertidos dos anos 80. O outro projeto divulgado do astro no evento foi a adaptação de "O Vingador do Futuro". Os produtores do filme garantem que farão uma película mais baseada no conto de Philip K.Dick do que na clássica ficção científica de 1991.


Francis Ford Coppola- fã confesso do gênero de terror, o diretor de "O Poderoso Chefão" e "Apocalypse Now" esteve no evento nerd pela primeira vez. Ao lado do recluso astro de outrora, Val Kilmer, Coppola divulgou seu filme de terror fantasmagórico chamado "Twixt", que será exibido em formato 3-D em breve nos cinemas.

 Andrew Garfield- O jovem astro e o próximo Peter Parker do cinema, Garfield esbanjou carisma, simpatia e humildade para os fãs de Spider-Man. Trajando uma patética fantasia do herói aracnídeo, o ator de "A Rede Social" respondeu de forma bem humorada as perguntas dos presentes na conversa que teve com o público presente no evento.


"Prometheus" de Ridley Scott - Diretor de "Blade Runner", Scott está de volta ao gênero que o consagrou; a ficção-científica. E nada melhor que retornar a uma franquia que ajudou a construir e a popularizar. "Prometheus" é quase um prelúdio de "Alien", filme que dirigiu em 1979. O diretor britânico disse que o filme tem uma idéia original, e está sendo filmado totalmente com lentes tridimensionais. Se não bastasse a promessa de um legítimo filme de terror espacial, a Fox, estúdio responsável do filme, divulgou imagens da película em que a bela Charlize Theron paga algumas flexões totalmente nua.



Peter Jackson e Steven Spielberg- dois dos cineastas mais nerds da atualidade, a dupla foi à Comic-Con para a coletiva de "As Aventuras de Tintim". Além de divulgar a animação adaptada dos quadrinhos belgas de Hergé, a dupla revelou sobre seus futuros projetos. Jackson foi um pouco timído para falar sobre "O Hobbit". Já Spielberg disse que existe um projeto para a quarta película da franquia "Jurassic Park".


Frank Darabont- o diretor de "Um Sonho de Liberdade", e responsável pela adaptação para a televisão americana de "Walking Dead" esteve presente no evento. Ao lado do elenco, o diretor e produtor da série esclareceu que a série vai ter mais que o dobro de capítulos da última. Os atores da série falaram que estão empolgados, e prometem que os 13 capítulos serão mais violentos que os da temporada passada. O primeiro capítulo da segunda temporada será exibido no dia 16 de outubro no canal AMC.

Ron Pearlman, Guillermo Del Toro e Nicolas Winding Refn- Na verdade os três não fazem parte do mesmo projeto, eles só posaram para uma foto mesmo. Pearlman e Refn estiveram na Comic-Con para coletiva de "Driver", filme que foi premiado no último festival de Cannes. O trailer do dinamarquês Nicolas Winding Refn arrancou elogios, e é um dos mais aguardados para o segundo semestre. Já o mexicano Guillermo Del Toro esteve em um "bate-papo" promovido pela revista EW, ao lado do diretor de "Cowboys and Aliens" e "Homem-de-Ferro", Jon Favreau. Del Toro comentou sobre seus próximos projetos como o filme de mosntros gigantes "Pacific Rim", e uma nova tentativa para a adaptação do conto de H.P.Lovecraft, "Nas Montanhas da Loucura".

Cowboys and Aliens- a ficção-cientíca à la faroeste teve uma pré-estreia no último domingo. O diretor Jon Favreau e os atores Harrison Ford e Olivia Wilde estiveram no evento. A crítica aprovou a mistura de dois gêneros tão distintos classificando a película como um verdadeiro pastiche de referências. O ponto alto da noite ficou por conta do ator secundário da película Adam Beach. Ele doou um convite especial para exibição da película, à um fã que conheceu na hora. Por sinal muitos elogiaram a performace de Beach na película. Agora é só aguadar.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Breve história do horror japonês - PARTE 2

 ATENÇÃO: ESSE ARTIGO É CONTINUAÇÃO DESSE

Em meados da década de 60, depois do apogeu de Godzilla nos cinemas japoneses, a Terra do Sol Nascente exportou talentos para a Inglaterra e EUA. O famoso cineasta Kinji Fukasuka dirigiu em 1968, "O Lodo Verde", ficção de terror que é considerada um legítimo "trash". A clássica "podreira" de Fukasuka rendeu uma filmografia fora do Japão bastante rentável. O cineasta ficou conhecido por co-dirigir o drama de guerra"Tora! Tora! Tora!" e o japonês "Batalha Real".

"O Lodo Verde"

Paralelo a franquia do lagarto-gigante, o Japão produziu outros cults de monstregos que vale mencionar. É o caso de "Yôkai daisensô" (1968) de Yoshiyuki Kuroda, divertida fantasia que foi refilmada por Takashi Miike no filme homônimo de 2005. O sucesso da película foi grande no Japão que ganhou duas sequências. "Yôkai hyaku monogatari" e "Tôkaidô obake dôchû" foram as continuações do cultuado filme de monstros. A franquia desconhecida no ocidente é uma aula de imaginação, repleto de adoráveis e horrendas criaturas que só o cinema nipônico de horror pode proporcionar.

Alguns dos peculiares monstros da franquia "Yokai Monsters"

Nesse período o cinema de arte flertou com o gênero fantástico no clássico "Môjû" (1969) de Yasuzo Masumura. O filme que conta a história de um escultor cego obcecado por uma modelo que aprisiona em seu atêlie, criou uma estrutura inovadora no cinema nipônico; o terror psicológico. Grande clássico que levou um tipo de violência jamais vista no Japão. Apesar de ser cultuado, a película baseada em um conto do polêmico autor de obras violentas e sensuais Rampo Edogawa, foi um fiasco nas bilheterias do país. Mas como um bom vinho, "Môjû" foi cultuado por cinéfilos anos depois, tornando-se um dos filmes japoneses mais aclamados de todos os tempos.


"Môjû" de Yasuzo Masumura

Com o virar da década, o Japão vivenciaria a decadência do seu renomado cineasta Akira Kurosawa que tentara por fim a sua própria vida. Além disso existia o descontentamento da crítica com a maior parte das produções do período, pois muitas eram taxadas como "enlatadas" . Apesar disso surgiram alguns cineastas interessantes como Teruo Ishii e seus filmes violentos, que muitas vezes tranformava uma frágil mulher nipônica em uma máquina indestrutível. É o caso de "Blind Woman´s Curse" (1970), terror ao melhor estilo de duelos de espadas, gore e artes marciais. Ishii também dirigiu o cultuado filme de ação "Female Yakuza Tale" (1973) protagonizado por Reiko Ike.

Cenas de "Blind Woman´s Curse"


Se não bastasse as adaptações alemãs, espanholas, inglesas e italianas da obra vampiresca de Bram Stoker, o Japão também produziu  alguns filme sobre Drácula, que eventualmente não decolaram por lá.

"Lake of Dracula" (1971)

Recém descoberto pela prestigiada distribuidora americana Criterion, "Hausu" de Nobuhiko Ôbayashi é uma divertida comédia de terror ao estilo nonsense. A fotografia colorida da película é baseada em desenhos feitos por crianças, por isso ela é tão forte e tosca. Em "Hausu" sete garotas passam as férias de verão em uma casa assombrada, e poucas sobrevivem. Os efeitos são bem elaborados, e só depois de trinta anos a película japonesa recebeu sua devida atenção.




A exemplo de "Môjû", o cinema de arte mais uma vez se encontra com o terror em uma obra do prestigiado cineasta Nagisa Ôshima. Em "O Império da Paixão" (1978), o fantasma de um marido traído persegue o amante e a mulher adúltera nesse filme vencedor de melhor diretor no Festival de Cannes. O filme também é marcado pelo erotismo, aspecto muito comum durante o fim da década de 70 no cinema japonês. Em 1980 "Tsigoineruwaizen" de Seijun Suzuki também marcou pela mesclagem artística com o gênero de terror. O fillme de Suzuki, conhecido diretor japonês de filmes sobre a Yakuza, tem um estilo surreal e lembra bastante os giallos italianos.

"O Império da Paixão"
 "Tsigoineruwaizen"

Outro filme de terror lascivo que marcou o período foi o cult fetichista "Beautiful Girl Hunter" de Noribumi Suzuki. O filme sobre sequestro mostra fortes cenas de sexo e tortura, aos moldes doentios que só o cinema nipônico pode proporcionar.
"Beautiful Girl Hunter"

Além do apelo artístico e erótico no cinema de horror, os japoenes também levaram esse gênero para seus conhecidos animês. Os desenhos animados nipônicos eram muito visto pelos adultos, portanto merecia uma abordagem mais séria e assustadora. "Harmagedon" (1983) de Rintaro, "Tenshi no Tamago" (1985) de Mamoru Oshii, "Meikyû monogatari" de Katsuhiro Ohtomo (1987), "Yôjû toshi" (1987) de Yoshiaki Kawajiri, "Teito Monogatari" de Akio Jissoji e "Shôjo tsubaki: Chika gentô gekiga" (1992) de Hiroshi Harada, possuiam uma temática de filmes de terror em meio as clássicas animações nipônicas.

"Teito Monogatari"

 "Meikyû monogatari"

 "Shôjo tsubaki: Chika gentô gekiga"


A década de 80 em geral não teve grandes obras de terror, mas é válido destacar algumas como "Denchu Kozo no boken" e "Tetsuo", ambos de Shinya Tsukamoto, além de "Evil Dead Trap" de Toshiharu Ikeda e "Sûito Homu" de Kiyoshi Kurosawa. O dois primeiros filmes citados mesclam tecnologia em produções estilosas e difíceis, principalmente "Tetsuo" um dos filmes japones mais conhecidos em todo mundo. Já "Evil Dead Trap" é um filme aos moldes de "Videodrome" de David Cronenberg, pois aborda os snuff-movies e o poder da televisão. "Sûito Homu" é uma divertida adaptação do game da Capcom para o NES, "Sweet Home" para as telas do cinema. Pouco conhecido no ocidente, o filme possui grandes méritos por ser o debute do consagrado Kiyoshi Kurosawa, além de contar com  elaborados efeitos especiais do americano Dick Smith ("O Poderoso Chefão" e "O Exorcista"). Esse, como "Hausu", merece ser descoberto pelos fãs de terror. Apesar de histórias e abordagens diferentes, os efeitos dos filmes citados são excelentes, e ajudaram a definir a história do cinema do gênero no Japão.

 "Denchu Kozo no boken"
 "Tetsuo"
 "Evil Dead Trap"
 "Sûito Homu"

Mas antes de finalizar a década de 80, não posso me esquecer dos filmes extremos da terra do sol nascente. Afinal os japoneses são excelentes em chocar através de cenas de desmembramentos muito bem efetuadas que até parecem reais. Os filmes na sua granda maioria não tem história relevantes, portanto são feito exclusivamente por mentes doentias e para um público sádico. O curta "Guinea Pig" de 1985 ficou famoso por suas cenas de desmembramento filmadas de forma amadora. Muitos acreditam até hoje que o filme possa ser um "snuff movie". Dirigido por Satoru Ogura, "Guinea Pig" fez escola no Japão, além de dar origem a uma franquia de "podreiras". A mais interessante na minha opinião é "Ginî piggu: Manhôru no naka no ningyo" de Hideshi Hino, onde um artista encontra uma sereia ferida e resolve ampara-la na banheira de sua casa. Só que a criatura marítima possui uma doença mortal na qual brotam diversos tumores de sua epiderme, deformando-a gradativamente. Doentio, mas interessante.

"Ginî piggu: Manhôru no naka no ningyo"

Além da famosa franquia, o cinema japonês criou um subgênero chamado "japanese shocker" com películas de terror extremo e para estômagos fortes. As mais famosas são, "Bijo no harawata" de Gaira e a franquia "Ooru naito rongu" de Katsuya Matsumura.

A década de 90 foi um grande marco para o cinema japonês em geral. Além da morte de Akira Kurosawa, os japoneses colecionavam prêmios consagrados de cinema com películas de Takeshi Kitano e Shohei Imamura. Além de surgir gandes nomes como Takashi Miike, Kiyoshi Kurosawa e Hideo Nakata. Com a alvorada do novo século, e com sucessos como o desenho "Akira", os cults "Tetsuo" e "964 Pinocchio", o Japão investiu em algumas produções cyberpunks. É o caso da continuação de "Tetsuo" em 1992 chamado de "Tetsuo II: Body Hammer", e quatro anos mais tarde o estranho "Rubber´s Love" de Fukui, mesmo diretor de "964 Pinocchio".

"964 Pinocchio"
"Rubber´s Love"

Eis que surge 1998, o ano que todos os ditos fãs de filmes de terror japoneses mais esperaram. O ano de "Rasen" de Jôji Iida, filme um pouco desconhecido mas que ajudou a dar origem ao "Ringu" (Chamado), e aos famigerados espíritos cabeludos. Mas foi Hideo Nakata que popularizou o gênero que ficou conhecido como J-Horror. Surgiram então "Ju-on" de Takashi Shimizu (O Grito), "Dark Water" do próprio Nakata,  "Chakushin ari" de Takashi Miike, que fizeram sucesso no ocidente graças a seus remakes estadunidenses.

 "Ringu"
 "Ju-On"
 "Chakushin ari"

Paralelo isso o Japão produzia películas mais "cerebrais" como as do cineasta Kiyoshi Kurosawa, e as mais psicológicas como o de Takashi Miike. O primeiro cineasta, que não tem nenhum parentesco com o lendário Akira Kurosawa, dirigiu alguns filmes de terror bem interessantes como; "Jigoku no Keibîn" (1992), o excelente "Cure" (1997) e o mais famoso "Kairo" (2001), que foi refilmado nos EUA, ganhando até uma franquia chamada "Pulse". Kurosawa partiu para um terror psicológico singular com conteúdo crítico implícito.

"Cure"
"Kairo"
Outro cineasta que teve sua filmografia reconhecida ainda na década de 90 foi Takashi Miike. Mas foi no início dos anos 2000 que o cineasta nipônico dirigiu "Audição", película que "reascendeu" a chama do torture porn. Mais de dois terços do filme limita-se a mostrar um viúvo em busca de uma parceira ideal. Ele encontra uma bela e jovem garota que esconde seu verdadeiro caráter por trás de uma aparência serena e afável. O desfecho da trama é conhecido por quase todos. O filme é chocante por sua mesclagem de gêneros, por isso o filme ficou tão conhecido. Miike também dirigiu outras películas de terror como o já citado  "Chakushin ari", além de "Gozu", "Izo", "Yôkai daisensô", entre outros.

"Audition"

Nos últimos anos, o terror japonês produziu algumas obras de terror bastante interessantes em meio algumas picaretagens. Destacaram-se "Battle Royale" (2000) de Kinji Fukasaku, "Suicide Club" (2001) de Shion Sono, "2LDK" (2003) de Yukihiko Tsutsumi, "Marebito" (2004) de Takashi Shimizu, "Kansen" (2004) de Masayuki Ochiai, "Mail" (2004) de Iwao Takahashi, "Haze" (2004) de Shinya Tsukamoto, "Noroi" (2005) de Kôji Shiraishi, "Noriko no shokutaku" de Shion Sono, "Tantei Monogatari" (2007) de Takashi Miike, "Tokyo Gore Police" (2008) de Yoshihiro Nishimura e "Machine Girl" (2008) de Noboru Iguchi.

 "Battle Royale"
 "2LDK"
 "Noroi"
"Tokyo Gore Police"

Espero que tenham gostado. Acompanhe as outras matéria da história do gênero terror e comentem. Obrigado





quinta-feira, 14 de julho de 2011

Remake de Evil Dead

Depois de muitas especulações referente a refilmagem de "Evil Dead" (1981), a Ghost House Pictures divulgou essa semana que o projeto está em pauta, e poderá entrar em produção o mais rápido possível. Com aval de Sam Raimi, diretor e roteirista do original, o remake será dirigido pelo uruguaio Fede Alvarez. Idealizador de curtas-metragens cheio de efeitos-especias de primeira como "Ataque de pânico" (2009), Alvarez foi indicado pelo próprio Raimi.




A renovação da franquia já tem um roteiro escrito pelo próprio cineasta latino e pelo conterrâneo Rodo Sayagues. Uma novidade interessante é que a oscarizada roteirista de "Juno", Diablo Cody, vai revisar o roteiro.


É válido ressaltar que a ex-stripper é uma fã confessa de filmes de terror, tanto é que roteirizou "Garota Infernal", fraca película protagonizada por Megan Fox. Já Bruce Campbell, o eterno Ash da franquia original, está cotado para alguma ponta na película. Alguns boatos indicam que o filme será uma sequência da trilogia original, e que será filmada aos moldes independentes da primeira película da franquia.


Mais novidades da película em breve. Acompanhe tudo nesse mesmo post que manterei atualizado.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Pôster Teaser de "The Dark Knight Rises" divulgado

Depois de "O Hobbit" o filme mais aguardado de 2012 é "The Dark Knight Rises", terceiro filme do Batman dirigido por Christopher Nolan. O filme que será lançado no dia 20 de julho de 2012 ganhou nessa última segunda-feira, um pôster teaser para "abrir o apetite" dos fãs do Cavaleiro das Trevas interpretado por Christian Bale. Além do recém-oscarizado ator coadjuvante o elenco do filme conta com Anne Hathaway (Mulher-Gato), Tom Hardy (Bane), Marion Cotillard (Miranda Tate), Joseph Gordon-Levitt (John Blake), Gary Oldman (Comissário Gordon), Morgan Freeman (Lucius Fox) e Michael Caine (Alfred). Confira o pôster que tem um arte muito parecida com a de "Inception" (A Origem), último filme de Nolan nos cinemas.

domingo, 10 de julho de 2011

THE BORROWERS ARRIETTY (2010)

Existem dois estúdios de cinema que não percou uma só produção; a americana Pixar e o japonês Studio Ghibli. 2011 foi decepcionante para o estúdio de obras como "Toy Story" e "WALL-E". Assisti a "Carros 2" ontem, e percebi que a Pixar esse ano financiou um projeto com único intuito- encher os cofres da produtora californiana com produtos licenciados dos simpáticos personagens automobilísticos. Uma pena, pois como grande fã de animação e de cinema, senti que perdi esse ano uma produção magistral de um grande estúdio. Em compensação o Studio Ghibli, no qual nutro um sentimento semelhante ao da Pixar, mais uma vez me encantou. Como o americano, o Studio Ghibli produz só animações, além de ser associado à Disney. Outra semelhança é o homem a frente do estúdio, pois John Lasseter está para Pixar como Hayao Miyazaki para a produtora nipônica. O cultuado animador japonês produziu e roteirizou "The Borrowers Arietty" (algo como a "A Tomadora de Empréstimos Arietty"), debute do veterano animador Hiromasa Yonebayashi como diretor de um longa.


Baseado no romance de fantasia britânico "The Borrowers" de Mary Norton, "Arietty" é uma bela história de pequenas criaturas que vivem sob o assoalho de uma antiga casa na periféria de Tóquio. Uma curiosidade interessante é que o local que se passa a trama da animação é baseado no bucólico bairro de Koganei, onde o Stúdio Ghibli está localizado. Além das pequenas criaturas idênticas aos humanos que habitam a antiga casa, "The Borrowers Arietty" foca na história do solitário garoto Shô. O menino passa algum tempo na antiga residência, que outrora morou sua mãe. Shô é um adolescente enfermo que aguarda por uma arriscada cirurgia cardíaca. Apesar de suas frágeis condições o garoto descobre a existência de Arietty, uma garota de apenas 10 centímetros de altura que vive embaixo do chão de madeira da casa que mora temporariamente.



Arietty é uma destemida garota de 13 anos que mora com seus pais. Ela se aventura pelo gramado alto do quintal da colossal residência dos humanos. Seu pai é um pequeno ser que se aventura durante a noite nos escuros aposentos da casa. Sua busca incessante por alimentos é uma legítima jornada, que tem Arietty como sua aprendiz. Mas os pequeninos não tratam sua busca como um roubo, mas sim como um empréstimo, já que eles precisam das mesmas coisas dos humanos para sobreviverem.


   Até que Shô em seu leito interrompe a aventura de Arietty e seu pai, quando ele flagra os pequeninos tomando um pedaço de lenço de papel sobre a cômoda do quarto do garoto gigante. A partir de então a relação entre a garotinha e seu amigo gigante geram uma bela amizade, que ilustra a capacidade igualitária do ser humano com outros especímes de recípocra importância e harmonia.



Não diferente das belas obras do estúdio, "The Borrowers Arietty" é rico em detalhes, como a vasta filmografia das animações do Studio Ghibli. Além de ser um deslumbre pintado a mão pelos talentosos animadores nipônicos. Mas como uma faca de dois gumes, a animação que bateu o recorde nas bilheterias japonesas como a melhor estréia de um diretor debutante, tem alguns pontos negativos que valem ser ressaltados. A fofura entalhada durante a metragem da películas é semelhante à obras do estúdio, tal como o recente "Ponyo e o icônico "Meu Vizinho Totoro". Ou seja, "The Borrowers Arietty" coleta muitas das marcas registradas e jogam no meio do deslumbre visual da trama. A película é muito mais emocionante se você nunca viu uma animação da famigerada produtora. De qualquer forma o desenho tem grandes méritos, e apesar de ter estreiado há um ano no Japão, o desenho que chegou ao ocidente apenas em 2011, é muito melhor que a última animação produzida pela Pixar.

 

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