domingo, 10 de julho de 2011

THE BORROWERS ARRIETTY (2010)

Existem dois estúdios de cinema que não percou uma só produção; a americana Pixar e o japonês Studio Ghibli. 2011 foi decepcionante para o estúdio de obras como "Toy Story" e "WALL-E". Assisti a "Carros 2" ontem, e percebi que a Pixar esse ano financiou um projeto com único intuito- encher os cofres da produtora californiana com produtos licenciados dos simpáticos personagens automobilísticos. Uma pena, pois como grande fã de animação e de cinema, senti que perdi esse ano uma produção magistral de um grande estúdio. Em compensação o Studio Ghibli, no qual nutro um sentimento semelhante ao da Pixar, mais uma vez me encantou. Como o americano, o Studio Ghibli produz só animações, além de ser associado à Disney. Outra semelhança é o homem a frente do estúdio, pois John Lasseter está para Pixar como Hayao Miyazaki para a produtora nipônica. O cultuado animador japonês produziu e roteirizou "The Borrowers Arietty" (algo como a "A Tomadora de Empréstimos Arietty"), debute do veterano animador Hiromasa Yonebayashi como diretor de um longa.


Baseado no romance de fantasia britânico "The Borrowers" de Mary Norton, "Arietty" é uma bela história de pequenas criaturas que vivem sob o assoalho de uma antiga casa na periféria de Tóquio. Uma curiosidade interessante é que o local que se passa a trama da animação é baseado no bucólico bairro de Koganei, onde o Stúdio Ghibli está localizado. Além das pequenas criaturas idênticas aos humanos que habitam a antiga casa, "The Borrowers Arietty" foca na história do solitário garoto Shô. O menino passa algum tempo na antiga residência, que outrora morou sua mãe. Shô é um adolescente enfermo que aguarda por uma arriscada cirurgia cardíaca. Apesar de suas frágeis condições o garoto descobre a existência de Arietty, uma garota de apenas 10 centímetros de altura que vive embaixo do chão de madeira da casa que mora temporariamente.



Arietty é uma destemida garota de 13 anos que mora com seus pais. Ela se aventura pelo gramado alto do quintal da colossal residência dos humanos. Seu pai é um pequeno ser que se aventura durante a noite nos escuros aposentos da casa. Sua busca incessante por alimentos é uma legítima jornada, que tem Arietty como sua aprendiz. Mas os pequeninos não tratam sua busca como um roubo, mas sim como um empréstimo, já que eles precisam das mesmas coisas dos humanos para sobreviverem.


   Até que Shô em seu leito interrompe a aventura de Arietty e seu pai, quando ele flagra os pequeninos tomando um pedaço de lenço de papel sobre a cômoda do quarto do garoto gigante. A partir de então a relação entre a garotinha e seu amigo gigante geram uma bela amizade, que ilustra a capacidade igualitária do ser humano com outros especímes de recípocra importância e harmonia.



Não diferente das belas obras do estúdio, "The Borrowers Arietty" é rico em detalhes, como a vasta filmografia das animações do Studio Ghibli. Além de ser um deslumbre pintado a mão pelos talentosos animadores nipônicos. Mas como uma faca de dois gumes, a animação que bateu o recorde nas bilheterias japonesas como a melhor estréia de um diretor debutante, tem alguns pontos negativos que valem ser ressaltados. A fofura entalhada durante a metragem da películas é semelhante à obras do estúdio, tal como o recente "Ponyo e o icônico "Meu Vizinho Totoro". Ou seja, "The Borrowers Arietty" coleta muitas das marcas registradas e jogam no meio do deslumbre visual da trama. A película é muito mais emocionante se você nunca viu uma animação da famigerada produtora. De qualquer forma o desenho tem grandes méritos, e apesar de ter estreiado há um ano no Japão, o desenho que chegou ao ocidente apenas em 2011, é muito melhor que a última animação produzida pela Pixar.

1 comentários:

Niloct disse...

Que legal! Fazia muito tempo que procurava esse filme para comprar ou baixar, até agora só tinha conseguido a trilha sonora.

 

Blogroll

free counters

Minha lista de blogs