quarta-feira, 22 de abril de 2015

Crítica de VINGADORES: ERA DE ULTRON (2015)


De antemão já confesso que não sou um grande fã de adaptações de quadrinhos. E esse fator não ajuda quando a qualidade dos últimos filmes da Marvel decaem, seja nas franquias do Capitão América, Thor e Homem de Ferro. A intersecção das três cine-séries acontece com os Vingadores. E seguindo a toada das citadas películas, o grupo dos heróis mais poderosos do planeta, concebidos pela Marvel, caiu na mesmice das mencionadas franquias, e perdeu em qualidade.

A verdade é que a fórmula de sucesso adotada pelos filmes da Marvel está começando a mostrar desgaste. Se no primeiro Homem de Ferro, de 2008, o carismático Tony Stark imortalizado por Robert Downey. Jr angariava até os fãs mais avessos de histórias em quadrinhos com ação e comédia se revezando durante a metragem, nesse último e propenso sucesso bilionário da Disney/Marvel, quase nada mudou. Mais do que esperado, aqui os efeitos especiais são de primeira linha, a trilha entoa grandiosidade e as piadas, apesar de algumas já não funcionarem, ainda despertam uma risada ou outra. Nesse meio tempo a premissa (ou desculpa para a desenfreada ação da obra) desconstrói (mais uma vez) a velha máxima sobre super-poderes e suas respectivas responsabilidades.



Na trama Stark e Banner (Mark Ruffalo) precisam confrontar o vilão tecnológico, por assim dizer, Ultron, que foi concebido graças as boas intenções da dupla. Isso causa uma ligeira ruptura entre os heróis, sendo fortemente discordados pelo Capitão América, Steve Rogers (Chris Evans). A dualidade moral do magnata bilionário é colocada à prova e o antagonista é um alter-ego "dark" de Stark. Em sua concepção a raça humana deve ser eliminada para uma nova Era de prosperidade e pacifismo. Válido ressaltar a presença de dois novos integrantes na trupe: os gêmeos Mercúrio e Feiticeira Escarlate, que trocam de lado no decorrer do filme. As ladainhas românticas e a insegurança de Bruce Banner e Natasha Romanoff, vulgo Viúva Negra (Scarlett Johansson), ganha contorno piegas, com direito a beijinho em momento descabido. Joss Whedon, diretor e roteirista do filme, também se solidarizou com o Gavião Arqueiro, (Jeremy Renner) herói coadjuvante que, diferente do primeiro filme, ganhou mais destaque nessa sequência.

Trocando em miúdos, VINGADORES: ERA DE ULTRON é um banho de testosterona descerebrada e até se auto-ironiza com essa expressão em uma das cenas mais engraçadas da película. Ou seja, é apenas mais um filme blockbuster esquecível desse verão americano. Nada que você não tenha visto nos últimos filmes adaptados de heróis. Em compensação se você for fanboy confesso dos quadrinhos, pode até esboçar uma certa simpatia por esta obra que só entusiasma pelos vistosos efeitos.

NOTA: 6,0

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