segunda-feira, 23 de abril de 2012

Estreia da semana - OS VINGADORES


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ATENÇÃO - A CRÍTICA POSSUI ALGUNS SPOILERS


Em 1963, a Marvel de Stan Lee e Jack Kirby criou "Os Vingadores", em resposta à "Liga da Justiça" da concorrente DC Comics. Desde então, os fãs aguardaram a adaptação cinematográfica dos quadrinhos do super-grupo, formado pelos principais heróis da famosa editora. Depois de infindáveis obstáculos que atrapalharam a produção do projeto, como agenda lotada dos atores e greve dos roteiristas de Hollywood, "Os Vingadores" foi finalizado. Anos de espera valeram a pena, já que o filme foi muito bem concebido pelo diretor contratado da Marvel Studios, Joss Whedon. Pouco conhecido do público, o cineasta é mais famoso por dirigir capítulos de séries consagradas como "The Office", "Glee", "Buffy a Caça-Vampiras", além de ser o responsável pela ficção-científica "Serenity" e do recente e elogiado terror "Cabana na Floresta".



Além de dirigir, Whedon também roteiriza o filme, que conseguiu a grande proeza que os fãs tanto ansiavam; unir as tramas cinematográficas dos heróis Marvel que anteciparam a realização de "Os Vingadores", sem ser apressado e superficial. As últimas adaptações para o cinema dos justiceiros da famosa editora estão interligadas de forma concisa, através de sutis referências, dispensando o malfadado artifício dos flashbacks.


"Thor" e "Capitão América" são as películas que possuem mais citações dentro de "Os Vingadores". Dando continuidade ao filme do Deus do Trovão, a história conta com o retorno de Lóki , invejoso irmão adotivo de Thor, que vem à Terra para se apossar de um poderoso artefato capaz de destruir planetas.  O objeto em questão é o "Tesseract", conhecido nos quadrinhos como Cubo Cósmico. No filme do "Capitão América",  o artefato é tomado pelo líder da H.I.D.R.A., Johann Schimidt, vulgo Caveira Vermelha, com o intuito de dominar o planeta. No fim de "Capitão América", o "Tesseract" se perde nas frígidas profundezas do Mar Ártico, mas é recuperado por Howard Stark, pai do bilionário Tony Stark, que deixa o objeto sob os cuidados da S.H.I.E.L.D.


O consagrado físico Erik Selvig (Stellan Skarsgård) e Clint Barton (Jeremy Renner), conhecido como Gavião Arqueiro, são possuídos pelo vilão asgardiano que possui suas mentes. Munido com os conhecimentos do cientista, e da exímia pontaria do arqueiro da S.H.I.E.LD, Lóki toma o cubo cósmico, a fim de promover a invasão dos Gigantes de Gelo à Terra, e assim, provocar seu irmão Thor.


O êxito do invejoso deus asgardiano, desencadeia um plano de risco coordenado por Nick Fury (Samuel L. Jackson), que consiste em reativar o engavetado projeto "Vingadores". Com a ajuda do Agente Phil Couson (Clark Gregg) e da persuasiva espiã russa Natasha "Viúva Negra" Romanoff (Scarlett Johansson), a "S.H.I.E.L.D." almeja reunir os principais justiceiros do planeta, para combaterem o vilão asgardiano que tomou o poderoso cubo cósmico.


A organização antiespionagem viaja à Índia para contactar o famoso cientista Bruce Banner (Mark Ruffalo), genial físico nuclear que divide seu corpo com a fera oriunda de sua exposição a raios-gama, transformando-se no Hulk. O magnata Tony Stark (Robert Downey Jr.) também é convocado à integrar a equipe coordenada por Nick Fury. Ao lado de Steve Rogers (Chris Evans), famoso soldado da Segunda Guerra Mundial conhecido como Capitão América, os justiceiros partem para Alemanha a fim de frustrar os planos de Lóki. É durante essa missão que a dupla conhece de forma hostil o poderoso Deus do Trovão, Thor (Chris Hemsworth), que rapta seu irmão, que está sob os cuidados de Stark e Rogers. O embate entre o Homem de Ferro, Capitão América e Thor mescla uma frenética sucessão de explosões, com afiados diálogos cômicos proferidos por Stark, em uma das mais cenas empolgantes de “Os Vingadores”.


Ao chegarem em um consenso sobre o destino de Lóki, o trio se dirige ao porta-aviões voador da S.H.I.E.L.D, principal base da organização. A príncípio os combatentes não se dão bem entre si, cabendo uma das grandes sacadas da película. Whedon explora essa química entre os personagens, se aprofundando na personalidade de cada herói. As provocações entre os membros da liga, muito bem encaixados e com um fluente timing cômico, põem em cheque a eficácia dos "Vingadores", levando-os à desavenças. O filme derruba a mística de honestidade dos heróis, tratando-os como justiceiros vaidosos e mimados, que são incapazes de trabalhar em equipe.


Como peças e engrenagens de uma máquina, os "Vingadores" precisam se entrosar, deixando as divergências de lado, passando a funcionar como uma equipe. Impossibilitados de lutar sozinhos contra o poderoso exército de inimigos alienígenas que invadem Nova York, os combatentes se dividem em diferenciadas funções que os definem como um grupo. O Capitão América arma estratégias bélicas contra os invasores vindos de outra dimensão; Hulk estraçalha os inimigos com pouca sutileza; Thor combate as forças trazidas por seu irmão, com o poder de seu martelo; o Homem de Ferro desarma e bombardeia os alienígenas; Gavião Arqueiro demonstra sua exímia pontaria para milimetricamente perfurar o oponente; e Viúva Negra demonstra sua flexibilidade e amplo conhecimento marcial em cima dos monstrengos.


Um dos grandes triunfos da película está nas inspiradas atuações dos protagonistas. Mark Ruffalo, como sempre muito bem, aperfeiçoou o Bruce Banner que Edward Norton herdou de "O Incrível Hulk". O ator leva ao personagem, o olhar distante de um sujeito angustiado por uma terrível condição vital. Já Downey Jr., mais uma vez, rouba a cena com um desempenho cheio de improvisos, contribuindo com o carisma agregado ao personagem. O jovem australiano Chris Hemsworth também se destaca por seu impetuoso Thor, bem como o britânico Tom Hiddleston e a frieza calculista de seu invejoso vilão Lóki.


A trilha-sonora do veterano compositor Alan Silvestri (De Volta Para o Futuro) tem tudo para se tornar icônica, pois ela imprime de forma imponente, a grandiloquência de um grande evento como a união dos heróis. Com batalhas épicas desenvolvidas pela competente equipe de efeitos especiais, fomentadas por um roteiro narrativo bem estruturado, "Os Vingadores" deturpa seus heróis de forma despretensiosa, humanizando-os. A caracterização dos personagens e a fluidez da trama propicia ao espectador um entretenimento descabeçado, mas com qualidade para nenhum fã botar defeitos.



NOTA: 8,0


4 comentários:

Nathália disse...

Muito boa a crítica!
Aumentou minha ansiedade!
Obrigada por postar na nossa comunidade!

FloriMoura disse...

Acho que merecia no minimo uma nota 9...a critica só teceu elogios e tasca nota 8?

Leonardo disse...

8 ? não entendi

Anônimo disse...

Cara, não são os gigantes de gelo que o Loki traz pra terra, são os Chitauri, aliens shapeshifters parecidos com os Skrulls...

 

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