sábado, 16 de janeiro de 2010

500 DIAS COM ELA (2009)

Comédias românticas é um dos subgêneros mais rejeitados no limbo dos cinéfilos. Poucas obras depois da década de 60 (onde cineastas como Frank Capra e Billy Wilder reinavam absoluto) fizeram história na mesclagem entre humor e paixão. Ainda mais depois de Meg Ryans, Sandra Bullocks e Julia Stiles "infestarem" as telas do cinema, com tramas clichêrizadas e banais. "500 Dias com Ela" brinca com tal banalização do amor e ainda crítica o a indústria que é movida por esse sentimento. Seja no cinema, na música pop ou em cartões que compramos em papelarias.

Marc Webb, diretor conhecido de video clipes, mesclou seus conhecimentos dinâmicos de edição, com um roteiro elaborado e original. Contudo é meio complexo não sair dos clichês do amor, dentro de uma comédia romântica. Aqui você verá o começo, o meio e o fim de um relacionamento tal como já viu em outras dezenas de filmes. Porém o mártir de "500 Dias" é um rapaz. O talentoso Joseph Gordon-Levitt é o portagonista dessa tragicomédia que muitos já passaram em suas vidas. A cruel realidade do fim de um relacionamento. No ponto de vista masculino claro, parece ser menos meloso, certo? Errado. Os homens tem a tendência de sofrerem mais depois de uma relação. Ainda mais tratando-se de Zooey Deschanel. Atriz bonitinha e moderninha que interpreta Summer, a insegura parceira amorosa de Tom (Levitt). Como uma montanha russa de altos e baixos, "500 Dias com Ela", também bebe de clichês escancarados, tal como amigos machistas que vivem aconselhando o protagonista, criança prodígio e aquela pequena esperança de que os protagonistas vão voltar. Mas a realidade pode ser cruel, e quando acreditamos que estamos diante de uma película de Meg Ryan, ficamos arrependidos. Summer é a vilã e a mocinha que muitos de nós já tivemos em nossas vidas. Marc Webb consegue levar ao espectador de forma visual os sentimentos "bobos" de um amor correspondido, tanto como a melancolia que pode vir.

"500 Dias com Ela" não é uma obra-prima do cinema moderno, mas consegue divertir e fazer refletir. E antes de falar de amor, o filme mostra a vulgarização desse sentimento, que pode não ser tão plastificado e meigo como em películas de Julia Roberts e Sandra Bullock.

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