1968 foi um ano decisivo para história do século XX. O mundo encontrava-se em um grande caldeirão de idéias e protestos contra regimes totalitários. Foi nesse ano que milhares de estudantes franceses saíram às ruas de Paris, para protestar contra o presidente Charle de Gaulle. Obviamente, o movimento foi "abraçado" por intelectuais de vários setores, inclusive do cinema, que nesse ano viu Henri Langlois (espécie de padrinho da Nouvelle Vague), ser expulso da direção da Cinemateca Francesa pelo ministro da cultura do general de Gaulle. Jean Luc-Godard, François Truffaut e Claude Lelouch foram três dos cineastas que impediram que o Festival de Cannes fosse finalizado, causando alvoroço no meio artístico europeu. Foi na exibição do filme, Peppermint Frappé que Truffaut e Godard correram em direção à tela do Palais des Festivals e fecharam as cortinas, apoiados pelo cineasta da película que estava sendo exibida, Carlos Saura, e Geraldine Chaplin que era a protagonista.
Naquela altura, alguns cineastas como Alain Resnais e Valerio Zurlini, já tinham aberto mão de participar do badalado festival da Riviera Francesa. Roman Polanski, Louis Malle e a atriz Monica Vitti que integravam o jurí do Festival, anunciaram que apoiavam a causa. Milos Forman, que era um dos indicados daquela edição para concorrer à Palma de Ouro, foi um dos realizadores que não concordaram com a atitude de Truffaut, Godard e Lelouch . "Pior que saber que nossos filmes não seriam exibidos foi perceber que o estandarte vermelho do comunismo, que nos oprimiu, estava sendo erguido por grandes cineastas. No dia em que "O baile dos bombeiros" estreou em Paris, em 15 de junho, havia uma barricada vermelha em frente aos cinemas que o exibiam" lamentou o cineasta tcheco que anos mais tarde viria a dirigir Um Estranho no Ninho e Amadeus. O Festival de Cannes de 1968 retoma quarenta anos depois, com a exibição do filme que gerou o estopim do protesto, na sessão Classics, com as presenças de Saura e Geraldine.
1968 foi um ano decisivo para história do século XX. O mundo encontrava-se em um grande caldeirão de idéias e protestos contra regimes totalitários. Foi nesse ano que milhares de estudantes franceses saíram às ruas de Paris, para protestar contra o presidente Charle de Gaulle. Obviamente, o movimento foi "abraçado" por intelectuais de vários setores, inclusive do cinema, que nesse ano viu Henri Langlois (espécie de padrinho da Nouvelle Vague), ser expulso da direção da Cinemateca Francesa pelo ministro da cultura do general de Gaulle. Jean Luc-Godard, François Truffaut e Claude Lelouch foram três dos cineastas que impediram que o Festival de Cannes fosse finalizado, causando alvoroço no meio artístico europeu. Foi na exibição do filme, Peppermint Frappé que Truffaut e Godard correram em direção à tela do Palais des Festivals e fecharam as cortinas, apoiados pelo cineasta da película que estava sendo exibida, Carlos Saura, e Geraldine Chaplin que era a protagonista. 
Naquela altura, alguns cineastas como Alain Resnais e Valerio Zurlini, já tinham aberto mão de participar do badalado festival da Riviera Francesa. Roman Polanski, Louis Malle e a atriz Monica Vitti que integravam o jurí do Festival, anunciaram que apoiavam a causa. Milos Forman, que era um dos indicados daquela edição para concorrer à Palma de Ouro, foi um dos realizadores que não concordaram com a atitude de Truffaut, Godard e Lelouch . "Pior que saber que nossos filmes não seriam exibidos foi perceber que o estandarte vermelho do comunismo, que nos oprimiu, estava sendo erguido por grandes cineastas. No dia em que "O baile dos bombeiros" estreou em Paris, em 15 de junho, havia uma barricada vermelha em frente aos cinemas que o exibiam" lamentou o cineasta tcheco que anos mais tarde viria a dirigir Um Estranho no Ninho e Amadeus. O Festival de Cannes de 1968 retoma quarenta anos depois, com a exibição do filme que gerou o estopim do protesto, na sessão Classics, com as presenças de Saura e Geraldine.
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