quarta-feira, 12 de julho de 2017

15 filmes para o Dia do Rock – Uma lista pra roqueiro nenhum botar defeito!


Eram 13 para combinar com o dia, mas são muitos filmes bons!


The Wall, 1982


Por Diego Salomão

Rock around the clock (1956)
O primeiro dos grandes filmes sobre rock, conta a história de Bill Haley e Seus Cometas, e conta com a participação de nomes como o grupo The Platters. Feito na mesma época em que Elvis brilhava também nas telonas, no entanto, o filme tem outro estilo, não transformando um astro do rock em ator, mas sim, transformando um ritmo que estava nascendo em astro!

A Hard Day’s Night (1964)
Filme? Documentário? Um pouco de cada. Quando o rock ainda era novo e Elvis tinha feito história, não só como músico, mas também como ator, a beatlemania tomou conta do planeta e o próprio Fab Four indicou o roteirista Alun Owen para criar uma história fictícia, mas que serviria como registro daquele momento histórico, além de ajudar a divulgar as músicas de seu próximo disco; não por acaso, chamado “A Hard day’s Night”. Aliás, foi durante as gravações do filme que George Harrison conheceu Pattie Boyd, com quem viria a se casar, e que foi a musa inspiradora de “Something”, e também de “Layla”, de seu amigo Eric Clapton.


Tommy (1975)
A ligação estreita que Freedie Mercury tinha com a ópera levou muita gente a achar que o conceito de Ópera-rock nasceu com o Queen; na verdade, quem criou isso foi o Who, com o disco “Tommy”, de 1969. As músicas do álbum duplo, juntas, contavam a incrível história sobre um garoto cego, surdo e mudo que se torna campeão de pinball. O disco foi gravado, depois regravado com orquestra, encenado, e virou filme em 1975, com o vocalista Roger Daltrey no papel principal, e um elenco que contava ainda com Elton John, Eric Clapton, Tina Turner e Jack Nicholson!

The song remains the same (1976)
Gravado durante três dias em julho de 1973, o filme-concerto era um sonho antigo do Led Zeppelin, que demorou a sair devido a custos e dificuldades de gravações, mas quando saiu... Uma apresentação de gala do quarteto! Com Robert Plant cantando como nunca – ou como sempre! Jimi Page e John Paul Jones perfeitos, e pra quem gosta de bateria, o melhor de John Bonham. As cenas de bastidores também são um espetáculo à parte. Enfim, um grande registro do Led Zeppelin em sua melhor forma!

The Wall (1982)
Junto com “Tommy”, é provavelmente o musical mais famoso do rock. Baseado no disco de 1979, no entanto, ele já não conta com sua banda no auge. As brigas entre os integrantes acabaram por tirar o tecladista Richard Wright do grupo e o elenco não tem tantos atores e músicos famosos. A história se baseia em um roqueiro depressivo, que perdeu o pai na Segunda Guerra Mundial (história totalmente baseada na biografia de Roger Watters, o que mostra que nessa fase ele era a figura central da banda) e leva diversos traumas por toda sua vida adulta.


Sid e Nancy – O amor mata (1986)
O intrépido Comissário Gordon na trilogia “Cavaleiro das Trevas”; o atrapalhado Dr. Smith em “Perdidos no Espaço”; Sirius Black em “Harry Potter”; Drácula.  Será que alguém imaginaria que por trás de tantos papéis pops mora um punk? Pois Gary Oldman (exímio guitarrista na vida real) já interpretou Sid Vicious, o lendário baixista dos Sex Pistols, morto aos 21 anos, por overdose de heroína, logo após a morte de sua namorada Nancy, por motivos até hoje desconhecidos. Assassinada? Overdose? Suicídio? Ninguém sabe. O fato é que o romance entre eles afastou-o da banda e da própria vida, mas acabou se tornando a versão punk de Romeu & Julieta. E Oldman o fez muito bem, obrigado!

Great Balls of Fire – A Fera do Rock (1989)
Keith Richards? Um senhor respeitável. Kurt Cobain? Uma senhora indefesa. Sid Vicious? Um jovem levemente desajustado. Muito antes deles, o rock já tinha produzido Jerry Lee Lewis. Pianista fabuloso – que de vez em quando jogava seu instrumento sobre o público – The Killer, como foi chamado, era também um bêbado, que casou com a prima de 13 anos e frequentemente a acariciava com certa violência. Com atuação inigualável de Dennis Quaid, o filme mostra os primeiros anos de sucesso e loucuras da Fera, que, nas palavras do próprio, “pode até ir pro Inferno, mas vai tocando rock!”.



The Doors – O Filme (1991)
Por vezes, acho que a expressão “tal ator encarnou o personagem” nasceu com Val Kilmer na pele de Jim Morrison.  A loucura, o carisma, a sensualidade do líder dos Doors foram fielmente retratadas no filme de Oliver Stone, que, se por um lado consagrou Val Kilmer, por outro, praticamente inviabilizou papeis futuros. Até hoje circulam aqui e acolá fotos de ator caracterizado e, muitas vezes, é difícil saber quem é quem. O roteiro também conseguiu captar com enorme sensibilidade as mudanças de uma banda iniciante da Los Angeles sessentista, que chega ao seu auge muito rápido e sofre as pressões do estrelato, principalmente pela instabilidade emocional de seu grande astro.


The Wonders – O sonho não acabou (1996)
Escrito e dirigido por Tom Hanks, o filme é uma paródia da beatlemania, tendo uma banda fictícia da Pensilvânia como protagonista. De pequenos shows ao primeiro lugar nas paradas de sucesso; de pequenos fracassos ao estrelado, a história é um clichê daquele início da década de 60. Ingênuo e divertido, emociona e ainda gerou um hit: “that thing you do” é daquelas músicas que todo mundo gosta, mesmo sem saber onde ouviu pela primeira vez. Aliás, olho na cena em que os integrantes da banda ouvem sua música pela primeira vez no rádio!



Quase Famosos (2000)
Corria o ano de 1973, com Led Zeppelin, The Who, Black Sabbath, Deep Purple e outros dominando as paradas de sucessos e os corações das fãs. William Miller era um jovem amante de rock, que encontrava nos discos os seus amigos. Por meio de seus artigos, ele conhece uma banda em ascensão e acaba embarcando em sua turnê, a fim de escrever uma matéria para a revista Rolling Stone. O que acontece, no entanto, é que Miller descobre que o trinômio sexo-drogas-rock ‘n roll era muito mais cruel do que parecia. Jogos de mentiras, interesses, egos, corações partidos e separações traumáticas são algumas das aventuras que aguardam nosso herói estradas americanas afora!

John Lennon – O Mito (2000)
Um garoto filho de um casal jovem e desestruturado, criado por uma tia antiquada, cheio de mágoas e revoltas, e apontado por muitos como um futuro delinquente. Descobre a música. Aos 23 anos já é casado, pai, e sofreu com as mortes da mãe e de seu melhor amigo, antes de se tornar um dos maiores astros da história da música. Ufa! De fato, a biografia de John Lennon parece uma história de ficção, mas é real. Talvez o gênio que fundou os Beatles não existisse se ele tivesse tido uma vida um pouco mais normal. Talvez nem os Beatles tivessem existido. E com certeza nenhum dos filmes-biografias de Lennon é tão emocionante quanto esse.



Escola de Rock (2003)
Jack Black esteve impagável no papel de um roqueiro decadente e sonhador, que desesperado para pagar as contas acaba caindo de paraquedas em uma tradicional escola infantil como professor substituto. Porém, em um passeio pelos corredores, ele fica impressionado com a capacidade demonstrada pelas crianças durante uma aula de música, e aí suas aulas – que ele sequer sabia dar – se tornam fantásticas aulas de educação roqueira para uma garotada cheia de talento que encontra ali um caminho para a puberdade!



Guidable – A verdadeira história dos Ratos de Porão (2008)
Em tom elogioso, o guitarrista Jão disse que o documentário havia ficado com cara da banda. “Não tinha sentido fazer um lance sério pra contar a história de um monte de retardados”, brincou. Claro, os Ratos, bem como todo o movimento punk nunca foram um poço de erudição e os excessos da banda suscitam perguntas do tipo “o que esses caras tinham na cabeça?”. No entanto, poucos documentários são tão honestos. Os depoimentos bem-humorados dos integrantes também são atestados claros de quem não tem medo de falar do passado; dando-lhe a importância que ele tem, mas ao mesmo tempo mostrando que todo mundo amadurece – e não perde a qualidade do som! Você confere o filme do talentoso diretor Fernando Rick e Marcelo Appezzato logo abaixo.



Titãs – A Vida até parece uma festa (2009)
Quando Branco Mello comprou sua câmera em meados dos anos 80 e começou a registrar todos os movimentos dos Titãs, ninguém poderia esperar que a banda iria tão longe e muito menos que as fitas que se acumulavam aos montes teriam tanto valor algum dia. Pois já nos anos 2000, o vocalista se pôs a trabalhar num projeto minucioso de unir seus registros aos arquivos de TV e fazer uma retrospectiva completa do que foi a carreira dos Titãs! Desde os primeiros e mais cafonas festivais, passando pelas drogas, o megaestrelado, as perdas de integrantes... Tudo pra mostrar que realmente, a vida daqueles oito amigos foi uma festa!

Somos tão jovens (2013)
Renato Russo costumava dizer que todo fã gostaria de estar no palco no lugar de seu ídolo. É uma verdade, assim como é uma verdade que poucos músicos no Brasil foram tão ídolos quanto ele. Voz de toda uma geração, porém, Renato também já esteve do outro lado. Andando pelas ruas de Brasília com um violão nas costas, entrando e saindo de bandas iniciantes, cultuando outros músicos, ele era um jovem como qualquer outro antes de ser eternizado como líder da Legião Urbana; e esse é o grande mérito do filme de Antônio Carlos da Fontoura: desconstruir o mito e aproximá-lo dos jovens para quem ele sempre falou. 


Veja mais rock no LARIOSCINE



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