quinta-feira, 31 de março de 2016

Crônica de um fã de Batman


POR: Diego Martins Salomão

Não sei se é a internet, mas realmente perdi um pouco o hábito de ir ao cinema. Aquele fantástico momento, de comprar a pipoca, o refrigerante, escolher lugar – dependendo de como for – se aconchegar no parceiro e ver os trailers esperando o filme tão aguardado. De fato, fazia tempo que não tinha uma obra que me quisesse reviver essa emoções, até esse Batman X Superman. 

Talvez muito disso se deva a avalanche recente de filmes do homem-morcego que a televisão têm mostrado madrugadas adentro. E, cara, como eu gosto Batman.

Esse mesmo que nos últimos anos foi tão bem tratado pelo diretor Christopher Nolan. Que trilogia fantástica! Christian Bale fez um Bruce Wayne perfeito: forte, bonitão, cara de bobo e visivelmente traumatizado. No segundo filme, “O Cavaleiro das Trevas”, Heath Ledger fez o mais assustador dos Coringas; um psicopata capaz de assustar até o mais sangue frio dos espectadores! 

Aliás, que elenco tinha essa trilogia, não? Michael Caine, Morgan Freeman, Gary Oldman, Marion Cottilard, Joseph Gordon Levitt, Liam Neeson, Tom Hardy, Anne Hathaway... Primeiríssima linha, bem como a armadura e o batmóvel, que mais estava para um tanque de guerra! E que dizer das histórias? Fantasiosas, é claro, como o próprio personagem, mas, ao mesmo tempo, tão humanas, tão cheias de sentimentos, de falhas, no mais antropológico dos sentidos. Não restam dúvidas! Nolan fez uma obra-prima; Três, na verdade! Deu ao septuagenário herói o tratamento que ele merecia, mas...

Lembro-me de quando era criança – e daí o fato de esse ser o meu super-herói favorito – e assistia à lendária série de Adam West na TV. Adorava! Sem exageros, adorava mesmo aquele Batman gordo, de roupa (não armadura!) azul, aquele Coringa circense, aquele Robin afeminado, aquela Mulher-gato... Essa eu continuo adorando! O Fato é que toda aquela tosquice me era muito divertida, embora, mesmo criança, algo me fazia falta; algo que eu não sabia explicar, mas que Tim Burton me deu em 1989: um Batman realmente dark. Armadura, aparições noturnas, sustos, porrada sem onomatopéias, perseguições de carro... Enfim, um pouco de testosterona para aquele que já era o meu herói, por mais que o fascínio infantil viesse com algumas gargalhadas. Aliás, por esses dias, um amigo ficou de me copiar o filme daquela série. Divertidíssimo! Imagina só: o Batman gordo e o Robin não muito heroico num navio enfrentando Coringa, Charada, Pinguim e Mulher-Gato (lamentavelmente, não é a Julie Newmar!). Peça de colecionador!!


Obras de arte, é claro, mas revolução? Susto? Salto de qualidade? “Uau, finalmente o Batman que eu queria ver!”? Isso ficou por conta de Tim Burton, 20 anos após a cômica e histórica série. Agora, por fidelidade ao herói da minha infância, verei seu encontro com o Superman, de quem sequer falei nesse texto. A bem da verdade, sempre o achei um personagem bem chato. Vi, é claro, seu históricos filmes nos anos 70, protagonizados pelo lendário Christopher Reeve, mas não me entusiasmei minimamente com os mais recentes. Quem sabe agora, com outro protagonista de história inigualavelmente mais interessante? 

Ben Affleck, seja bem vindo ao clube do meu herói favorito.

5 comentários:

Anônimo disse...

ô loco, não esperava isso de vc Diegão: "aconchegar no parceiro"

"Christian Bale fez um Bruce Wayne perfeito: forte, bonitão, cara de bobo e visivelmente traumatizado"

Mais um mito que cai...

Clayton Fernandes disse...

Que cheiro de rosca queimada hein Diego

resenhas & citações disse...

Muuuuuuuito bom!
Batman é infinito!

Unknown disse...

Adorei!!!
Também sou fã de Batman - do cômico ao sombrio!!

Beijos

Unknown disse...

Fã de Batman que diz ''Armadura'' ahsahshahs acho que vc escolheu o bilionário errado cara... Batman usa um traje, e por mais que o filme do nolan tenha colocado um traje de ''kevlar'' ele nunca será uma armadura. Parece um detalhe bobo, mas é nesses detalhes que a gente vê o quão bobo é quem escreve.

 

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