quinta-feira, 9 de março de 2017

LOGAN (2017)


Por Diego Salomão


Em seus dois primeiros filmes-solo e em todos os X-men, se alguém quisesse irritar Wolverine, era só compará-lo a um animal. Dentre os fãs do herói, no entanto, ele é unanimemente tido com um personagem bastante “humano”. Não para mim. Wolverine não faz jogos, não mente, não cria falsas ilusões, não puxa saco e não tem pudores em seus instintos e vontades. É uma fera livre, forte, incontrolável, e ao mesmo tempo doce e fiel. O animal que ele tanto renegou ser é na verdade sua maior fonte de virtudes e foi em seu terceiro e melhor filme que ele mostrou o que de fato é.

Num futuro obscuro para os mutantes, o lendário super-herói das garras ganha a vida como um simplório motorista de limusine, enquanto cuida de um professor Xavier velho e sofrendo com o Alzheimer. Os X-men se tornaram apenas lembranças, revividas em bonecos e HQ’s, e Logan não possui mais a força e resistência de outrora; entretanto, uma descoberta inesperada faz com que ele seja obrigado a superar seus limites para ajudar seu mestre e toda uma nova geração de mutantes!


Sensível, mas também violento Logan é um verdadeiro banho de sangue, da primeira à última cena. Sem dúvidas, o mais forte de todos os filmes dos X-men. Com um roteiro direto e sem firulas, o filme traz Hugh Jackman e Patrick Stewart em grande forma, despedindo-se brilhantemente de seus personagens. Por fim, irretocável. Depois de 17 anos e nove filmes, a fera pode finalmente descansar. Em despedida emocionada na Internet, Isaac Bardavid, dublador do Wolverine no Brasil, lamentou o provável esquecimento do personagem. Não, Bardavid. Ele nunca será esquecido!

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