domingo, 7 de novembro de 2010

Retrospectiva 2010- Vencedores de Festivais

Entre janeiro e outubro, dezenas de festivais de cinema prestigiam filmes independentes e de arte. Películas do mundo inteiro são julgadas por críticos, ganhando ou perdendo prestígio e fama. Muitos desses festivais alavancam carreiras entre cineastas autorais, ou acaba por massacrá-las. Em 2010 vários cineastas desconhecidos do grande público entraram para o seleto hall de imortais da história da sétima arte. É o caso do tailandês Apichatpong Weerasethakul , que recebeu a Palma de Ouro em Cannes pela fantasia "Loong Boonmee raleuk chat".O cineasta americano Tim Burton, presidente do júri de Cannes em 2010, dividiu opiniões quanto sua escolha inesperada. A película entrou desconhecida na Riviera Francesa, para sagrar-se como um dos filmes mais requisitados por cinéfilos ao redor do mundo.

Em setembro o Festival de Toronto nomeou o britânico "The King´s Speech" de Tom Hooper, como o melhor filme entre os indicados. Após a nomeação como melhor película em Toronto,"The King´s Speech" já coleciona várias indicações para prêmio de cinema independente. Colin Firth, protagonista do filme, já está bem cotado como aposta certa para estar entre os cinco idicados ao Oscar 2011.

Deixando de lado os cineastas mais desconhecidos, em 2010 dois cineastas de renome foram agraciados por prestigiados festivais. Foi o caso do consagrado Roman Polanski, que no começo do ano ganhou o famigerado Urso de Prata como melhor diretor por "The Ghost Writer". Apesar da boa recepção no festival alemão, o filme não foi bem nas bilheterias, devido a polêmica em torno da prisão domiciliar do cineasta francês na Suiça. O Urso de Ouro foi para "Bal" do turco Semih Kaplanoglu.

Já no Festival de Veneza a polêmica ficou por conta do presidente do júri, Quentin Tarantino. O cineasta e roteirista nomeou o intimista "Somewhere" de sua ex-namorada Sofia Coppola, como o merecedor do Leão de Ouro. Foi unânime a discordância da crítica mundial com o resultado da premiação, irritando o cineasta estadunidense que presidia o júri. Tarantino chegou a proclamar vários palavrões para jornalistas presentes na coletiva de imprensa.

Dentro dos festivais menos badalados, mas não menos importantes, "Neds" do inglês Peter Mullan, venceu o festival espanhol de San Sebastian. Já o venezuelano "Hermano" de Marcel Rasquin, saiu do Festival de Moscou com o prêmio máximo, sedido pelo júri presidido pelo francês Luc Besson.

 Colin Firth e Helena Bonham Carter em "The King´s Speech"
 A Tailândia saiu agraciada com uma Palma de Ouro pela comédia de fantasia, "Loong Boonmee raleuk chat"
Segundo vários críticos presente em Veneza, "Somewhere" de Sofia Coppola recebeu o prêmio máximo injustamente
O sensível e artístico "Bal" de Semih Kaplanoglu, ajuda a colocar cada vez mais a Túrquia como um rico pólo de cinema
"Neds" de Peter Mullan foi agraciado com o prêmio máximo em San Sebastian
"Hermano" de Marcel Rasquin é o filme sul-americano mais premiado do ano. O cinema venezuelano nunca tinha sido tão prestigiado anteriormente

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