terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Notícias


O sindicato de produtores cinematográficos elegeu "Guerra ao Terror", o melhor filme de 2009. É válido lembrar que esse prêmio dado aos produtores serve como base para o eventual vencedor do Academy Awards na categoria de melhor filme. De 20 edições, 13 foram as vezes que os vencedores do sindicato também ganharam o Oscar.


"Avatar" quebrou o recorde de "Titanic" e o ultrapassou nas bilheterias mundiais. É válido salientar que a película de ficção está um pouco mais de um mês em cartaz, enquanto o filme com Leonardo Di Caprio tinha ficado quase 10 meses em cartaz. Ambos os filmes foram dirigidos por James Cameron.

Foi anunciado hoje, o próximo presidente do júri do Festival de Cannes. O diretor de "Edward Mãos de Tesoura", "Ed Wood" e "Peixe Grande", Tim Burton será o encarregado a presidir e ajudar a escolher o vencedor da próxima Palma de Ouro. É válido lembrar que "Alice no País das Maravilhas" (foto), seu próximo filme, será lançado no dia 5 de Março, um pouco mais de dois meses antes do início do aclamado festival francês.


E a pequena cidade Park City começou em polvorosa esse ano com o festival de Sundance. O filme independente que abriu a edição 2010 foi elogiadíssimo pelos críticos. Trata-se de "Howl", uma cinebiografia do famoso poeta da geração beat, Allen Ginsberg e sua famosa poesia que dá nome à película.
Dakota Fanning e Kristen Stewart também marcaram presença na fria e pequena cidade interioraa de Park City. Elas divulgaram a cinebiografia da famosa banda de rock feminino, The Runaways. O grupo musical ficou conhecido pela vocalista Joan Jett e seus deliciosos hits, entre eles "Barracuda". Apesar de não ter sido aclamado, "The Runaways" polemizou o festival, com um beijo lésbico entre as duas protagonistas. O filme estréia em Março nos EUA.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Vencedores do Screen Actors Guild 2010


Ontem, dia 23 de Janeiro ocorreu a cerimônia de entrega do prêmio do sindicato dos atores de Hollywood. O SAG Awards como é conhecido chegou em sua décima sexta edição e não apresentou nenhuma surpresa em relação aos vencedores. Ou seja, todos aqueles que ganharam o Globo de Ouro em suas respectivas categorias, também receberam os SAGS. E como alguns membros do sindicato também fazem parte da Academia de Artes Cinematográficas, será fácil prever os ganhadores do Oscar. Contudo no último ano o ator Mickey Rourke era o ganhador absoluto em todos os prêmios que concorria. Porém no Oscar o astro perdeu a estatueta dourada para Sean Penn em "Milk".

Além das categorias cinematográficas, o SAG Awards também premia as séries de TV. O prêmio de melhor elenco para série dramática foi para "Mad Men", enquanto "Glee" ganhou por melhor elenco de série cômica. Confira os vencedores das categorias cinematográficas do Screen Actors Guild 2010.

MELHOR ELENCO-BASTARDOS INGLÓRIOS
MELHOR ATOR-JEFF BRIDGES (CRAZY HEART)
MELHOR ATRIZ-SANDRA BULLOCK (THE BLIND SIDE)
MELHOR ATOR COADJUVANTE-CHRISTOPH WALTZ (BASTARDOS INGLÓRIOS)
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE-MO´NIQUE (PRECIOSA)
MELHOR ELENCO DE APOIO-STAR TREK

Os atores de "Bastardos Inglórios" levaram o prêmio de melhor elenco do ano de 2010. "An Education", "The Hurt Locker", "Nine" e "Precious" concorriam com o filme de Tarantino.

sábado, 23 de janeiro de 2010

A GRANDE ILUSÃO (1937)

A "Grande Ilusão" de Jean Renoir é considerado um dos melhores filmes anti-guerra da história do cinema. O filme francês de 1937 não apela à violência para demonstrar os terrores da guerra. De forma sútil (como um bom filme de Renoir) somos apresentados a dois combatentes franceses, durante a Primeira Guerra Mundial. Coronel Maréchal (o ótimo e icônico Jean Gabin) e Capitão de Boeldieu (Pierre Fresnay) são capturados pelo exército alemão, após sobrevoarem a região inimiga e cairem numa cilada. Quem recepciona os prisioneiros é o Capitão von Rauffenstein (Erich von Stroheim), que trata os dois soldados franceses de forma honrosa. Apesar da recepção, Maréchal e Boeldieu são levados para um outro campo de prisioneiros de guerra. Nesse local deparam-se com outros franceses, que como eles, tentam fugir através de buracos. O bom trato alemão para com os franceses dado nesse campo, foge à regra quando Maréchal satiriza os alemães e convoca todos frnceses presentes no recinto para cantar "La Marseillaise", o hino francês. Como punição, o rebelde francês passa dias dentro de uma solitária.

O diretor Jean Renoir, conseguiu espremer as amarguras dos combatentes sem apelar para sentimentalismos baratos. Na cena da solidão do Tenente Marechal, o diretor mostra a solidariedade do guarda alemão que presenteia seu prisioneiro com uma gaita. Renoir, que tambem fora combatente na primeira grande guerra, mostra ao espectador que qualquer tipo de conflito é infundável. Tal como o majestoso personagem do Capitão von Rauffenstein, que visita o leito de morte de sua vítima baleada, e pede desculpas a ele. Um dos mais belos momentos que o cinema já viu, através da visceral atuação de Erich vo Stroheim e da sutileza de seu diretor. A banalização da guerra dada por esse filme, nos faz pensar que tudo isso não passa de uma grande ilusão.

Assistir a esse filme é presenciar uma obra-prima a cada minuto de película.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Globo de Ouro 2010

Depois de cinco dias da tragédia que ocorreu no Haiti, Hollywood se rendeu a solidariedade na entrega do Globo de Ouro. A maioria dos astros exibiam uma fitinha vermelha em pró às vítimas do desastre que aconteceu no último dia 12. Maggie Gyllenhaal fez um apelo para os telespectadores contribuirem com doações em dinheiro, para ajudar o pobre país caribenho.

O comediante inglês Ricky Gervais apresentou a cerimônia e aproveitou para lançar seu arsenal de piadas britânicas, como esperado, nos astros da cerimônia. Sobrou até para Mel Gibson, na qual Gervais fez alusão ao alcoolismo do escocês. Contudo o comediante não teve tanto espaço na festa que diferente do Oscar, não tem muita enrolação e frescura.

A noite desse domingo foi de Cameron e a equipe pela ficção "Avatar" que ganhou dois prêmios, inclusive de melhor filme dramático. Jeff Bridges (foto) ficou com o Globo de Ouro de melhor ator dramático por "Crazy Heart". Robert Downey Jr. usou seu humor para agradecer o prêmio de melhor ator de comédia por "Sherlock Holmes". Já Meryl Streep emocionou os presentes quando discursou clamando por ajuda no Haiti. A veterana atriz ganhou por "Julie e Julia" na categoria de melhor atriz de comédia. Sandra Bullock foi considerada a melhor atriz dramática pela associação de críticos estrangeiros, por "The Blind Side". Já Christoph Waltz (Inglórios Bastardos) e Mo´Nique (Precious) ganharam respectivamente como melhor ator e atriz coadjuvantes. Confira os vencedores das categorias cinematógraficas, que levaram o famigerado prêmio para casa.

MELHOR FILME DRAMÁTICO-AVATAR
MELHOR COMÉDIA OU MUSICAL-SE BEBER NÃO CASE
MELHOR ATOR DRAMÁTICO-JEFF BRIDGES-CRAZY HEART
MELHOR ATOR CÔMICO-ROBERT DOWNEY JR.-SHERLOCK HOLMES
MELHOR ATRIZ DRAMÁTICA-SANDRA BULLOCK-THE BLIND SIDE
MELHOR ATRIZ CÔMICA-MERYL STREEP-JULIE E JULIA
MELHOR ATOR COADJUVANTE-CHRISTOPH WALTZ-INGLÓRIOS BASTARDOS
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE-MO´NIQUE-PRECIOUS
MELHOR DIRETOR-JAMES CAMERON-AVATAR
MELHOR ROTEIRO-UP IN THE AIR
MELHOR CANÇÃO-CRAZY HEART
MELHOR TRILHA SONORA-UP
MELHOR FILME ESTRANGEIRO-A FITA BRANCA DE MICHAEL HANEKE
MELHOR DESENHO-UP

O consagrado cineasta austríaco Michael Haneke levou o prêmio por "A Fita Branca". Ele foi considerado pela crítica estrangeira, o responsável pela melhor película estrangeira.

sábado, 16 de janeiro de 2010

500 DIAS COM ELA (2009)

Comédias românticas é um dos subgêneros mais rejeitados no limbo dos cinéfilos. Poucas obras depois da década de 60 (onde cineastas como Frank Capra e Billy Wilder reinavam absoluto) fizeram história na mesclagem entre humor e paixão. Ainda mais depois de Meg Ryans, Sandra Bullocks e Julia Stiles "infestarem" as telas do cinema, com tramas clichêrizadas e banais. "500 Dias com Ela" brinca com tal banalização do amor e ainda crítica o a indústria que é movida por esse sentimento. Seja no cinema, na música pop ou em cartões que compramos em papelarias.

Marc Webb, diretor conhecido de video clipes, mesclou seus conhecimentos dinâmicos de edição, com um roteiro elaborado e original. Contudo é meio complexo não sair dos clichês do amor, dentro de uma comédia romântica. Aqui você verá o começo, o meio e o fim de um relacionamento tal como já viu em outras dezenas de filmes. Porém o mártir de "500 Dias" é um rapaz. O talentoso Joseph Gordon-Levitt é o portagonista dessa tragicomédia que muitos já passaram em suas vidas. A cruel realidade do fim de um relacionamento. No ponto de vista masculino claro, parece ser menos meloso, certo? Errado. Os homens tem a tendência de sofrerem mais depois de uma relação. Ainda mais tratando-se de Zooey Deschanel. Atriz bonitinha e moderninha que interpreta Summer, a insegura parceira amorosa de Tom (Levitt). Como uma montanha russa de altos e baixos, "500 Dias com Ela", também bebe de clichês escancarados, tal como amigos machistas que vivem aconselhando o protagonista, criança prodígio e aquela pequena esperança de que os protagonistas vão voltar. Mas a realidade pode ser cruel, e quando acreditamos que estamos diante de uma película de Meg Ryan, ficamos arrependidos. Summer é a vilã e a mocinha que muitos de nós já tivemos em nossas vidas. Marc Webb consegue levar ao espectador de forma visual os sentimentos "bobos" de um amor correspondido, tanto como a melancolia que pode vir.

"500 Dias com Ela" não é uma obra-prima do cinema moderno, mas consegue divertir e fazer refletir. E antes de falar de amor, o filme mostra a vulgarização desse sentimento, que pode não ser tão plastificado e meigo como em películas de Julia Roberts e Sandra Bullock.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O RETORNO (2003)

Andrei Zvyagintsev nunca tinha dirigido um filme antes de "O Retorno". Seu debute como cineasta com certeza não poderia ter sido melhor. Com mão firme de um legitimo russo, dirigiu a sensível história da relação entre um pai e dois filhos. O premiado"road-movie" conta a história de Andrey e Ivan, garotos comuns e mimados pela mãe. Certo dia o pai dos meninos que estava ausente há anos, retorna misteriosamente para casa. Os 12 anos que passou longe da família não intimidam o patriarca que mantem a rédia curta com os filhos. Sentados à mesa de jantar após mais de uma década, a família reune-se novamente. O pai propoem uma viagem com os garotos, como uma forma de aproximação.

Com o desenrolar da trama torna-se mais contundente o método pedagógico que o pai adota para educar os filhos. O caçula é o mais rebelde e mimado e sempre contraria o esforço que o pai faz para torna-lo homem. Antes de dormir, as conversas com o irmão revelam que o sentimento que nutre pelo pai, é de desconfiança e indiferença diante de longos 12 anos de ausência. A viagem torna-se mais emocional quando chegam a uma pacata ilha. É nesse local que Andrey e Ivan tornam-se enfim, dois homens maduros graças ao rigoroso pai. Pontuado por uma rica fotografia, o filme em sua maior parte é silencioso, e delicadamente mostra a conturbada semana dos protagonistas, na ótica dos garotos, que desconhecem a verdadeira faceta do patriarca.

O roteiro, como sempre coube ao cinema russo, é bem mais complexo do que se imagina. Apesar de sua linearidade e edição simples, "O Retorno" é muito mais do que parece. Zvyagintsev não revela as verdadeiras intenções do pai, fazendo o espectador pensar depois do término da película. Em 2004, tal película foi aclamada com vários prémios ao redor do mundo, incluindo o Leão de Ouro em Veneza e uma indicação ao Globo de Ouro de filme estrangeiro. Em 2007, Zvyagintsev dirigiu "Izgnanie", película de mais de duas horas de duração que não vingou tanto quanto "O Retorno".

A Caminho do Oscar-Indicados ao Producers Guild of America

O Producers Guild of America é o prêmio dedicado aos produtores cinematográficos de Hollywood. Além disso o PGA é considerado o maior termômetro para possíveis indicações na categoria de "melhor filme" no Oscar. Dia 24 de Janeiro será divulgado os ganhadores das seguintes categorias; filme, animação, documentário e telefilme ou minissérie para TV. É válido salientar que o gênero fantástico está em alta esse ano com os membros do sindicato dos produtores. Confira os 10 indicados para filme.

An Education
Avatar
District 9
Hurt Locker
Inglorious Basterds
Invictus
Precious
Star Trek
Up
Up in the Air



terça-feira, 5 de janeiro de 2010

LIÇÕES DA ESCURIDÃO (1992)


Nada melhor que começar o ano escrevendo uma crítica de um excelente filme. Ainda mais se tratando de um documentário do cineasta alemão Werner Herzog. Em um de seus melhores trabalhos dentro do gênero documental, o diretor explora com uma visão poética, a destruição que o homem pode chegar para alcançar seus objetivos. No caso da Guerra do Golfo, em 1991, os norte-americanos invadiram e destruiram o Kuwait, para extrair petróleo da rica região, que até então não fornecia o combustível. Herzog usa a ambiguidade para narrar a destruição da guerra como se fosse um registro de seres de um outro planeta. Tal como "Sangue Negro", "Lições da Escuridão" relata através de belos panoramas de um país destruído, a obsessão do homem pelo chamado "ouro negro".
A câmera incessantemente busca cenas de impressionante beleza, independente da triste realidade das imagens. Os exploradores queimando o combustível, por exemplo, traçam um impressionante paradoxo visual que nos divide em deslumbres visuais, e incredulidade diante do testemunho da câmera.
Além do OFF do cineasta, "Lições da Escuridão" é agraciado com uma rica trilha sonora composta por música eruditas. É evidente o bom gosto e a elevada bagagem cultural do cineasta germânico. A citação do filósofo francês Blaise Pascal, no início da película, ilustra bem o sentimentos de filme. Segundo Pascal, o fim do universo será tão deslumbrante quanto a explosão estrelar que se deu em seu surgimento . Dada essa informação "Lições da Escuridão" apetece os apreciadores de grandes obras de artes, pois Herzog não dirige apenas um filme, mas sim, pinta um belo e triste quadro sobre a guerra e suas consequências.
 

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