Nada melhor que começar o ano escrevendo uma crítica de um excelente filme. Ainda mais se tratando de um documentário do cineasta alemão Werner Herzog. Em um de seus melhores trabalhos dentro do gênero documental, o diretor explora com uma visão poética, a destruição que o homem pode chegar para alcançar seus objetivos. No caso da Guerra do Golfo, em 1991, os norte-americanos invadiram e destruiram o Kuwait, para extrair petróleo da rica região, que até então não fornecia o combustível. Herzog usa a ambiguidade para narrar a destruição da guerra como se fosse um registro de seres de um outro planeta. Tal como "Sangue Negro", "Lições da Escuridão" relata através de belos panoramas de um país destruído, a obsessão do homem pelo chamado "ouro negro".
A câmera incessantemente busca cenas de impressionante beleza, independente da triste realidade das imagens. Os exploradores queimando o combustível, por exemplo, traçam um impressionante paradoxo visual que nos divide em deslumbres visuais, e incredulidade diante do testemunho da câmera.
Além do OFF do cineasta, "Lições da Escuridão" é agraciado com uma rica trilha sonora composta por música eruditas. É evidente o bom gosto e a elevada bagagem cultural do cineasta germânico. A citação do filósofo francês Blaise Pascal, no início da película, ilustra bem o sentimentos de filme. Segundo Pascal, o fim do universo será tão deslumbrante quanto a explosão estrelar que se deu em seu surgimento . Dada essa informação "Lições da Escuridão" apetece os apreciadores de grandes obras de artes, pois Herzog não dirige apenas um filme, mas sim, pinta um belo e triste quadro sobre a guerra e suas consequências.
1 comentários:
ola ! voce sabe me dizer quais saõ as pecas musicais deste filme ? se me lembro bem , saõ de Wagner . Obrigada
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