segunda-feira, 30 de agosto de 2010

TOP 5-EUA

1-) The Last Exorcism de Daniel Stamm
Produzido pelo cultuado diretor e ator Eli Roth (O Albergue), "The Last Exorcism" custou pouco menos de U$2 milhões, e conseguiu arrecar em sua estréia lucrativos U$21.3 milhões. A película acompanha a história de um padre prestes a se aposentar do exorcismo, e que decide se aposentar registrando seu último trabalho em documentário.

2-) Takers de John Luessenhop
Em seu primeiro longa metragem depois de uma década (Lockdown de 2000 foi seu último), John Luessenhop dirige "Takers". A película acompanha um grupo de ladrões e um plano ousado que pode custar a liberdade do grupo. O elenco do filme conta com Paul Walker, Hayden Christensen, Zoe Saldana, Matt Dillon, Chris Brown e Jay Hernandez. Arrecadou U$20 milhões em sua estréia.

3-) The Expendables de Sylvester Stallone
Os estadunidenses aprovaram a ação descerebrada do ator, diretor e roteirista Sylvester Stallone. Além do astro de "Rocky" e "Rambo", a trama reune nomes de peso, como de Jet Li, Jason Statham, Mickey Rourke, Dolph Lundgren, além das participações de Schwarzenegger e Bruce Willis. "The Expendables" estava há duas semanas na primeira posição do TOP 5-EUA, e já arrecadou U$82 milhões.

4-) Eat Pray Love de Ryan Murphy
Baseado no livro homônimo, "Eat Pray Love" conta com o carisma de Julia Roberts, que interpreta uma quarentona que viaja pelo mundo, afim de se autodescobrir. O drama já contabiliza U$60.7 milhões.

5-) The Other Guys de Adam McKay

A comédia policial "The Other Guys" reúne Will Ferrel e Mark Wahlberg como dois policiais que trabalham apenas dentro do departamento. Até que um dia são obrigados a mostrarem seus valores como competentes policiais, indo às ruas para combater o crime. Samuel L.Jackson, Dwayne Johnson e Eva Mendes completam o elenco da comédia que já rendeu U$99.3 milhões.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

FICA A DICA

Pi de Darren Aronofsky

Antes de se consolidar como um dos mais criativos cineastas da última década, Darren Aronofsky surgiu na cena indie no fim da década de 90, com "Pi". Premiado em Sundance, entre outros festivais independentes, o filme traça a ousadia do até então jovem cineasta, que anos mais tarde chocaria com "Requiem para um Sonho". Em "Pi", um Max Cohen, um obcecado matemático, procura incessantemnte um modelo padrão, para definir a ordem dos números em meio ao caos do mercado econômico. Guiado por um solitário e respeitado matemático, o homem persegue seu desejo, nutrindo-o com drogas e marginilizando-se da sociedade. Sua genialidade atrai gananciosos investidores de Wall Street e fanáticos judeus. Todos em busca de uma resposta, através dos números que Cohen tenta descobrir. Apesar de sua genialidade, o matemático se esquece da verdadeira razão da vida, na sequência Finobacci, que é notavelmente encontrada em toda natureza universal em forma de espiral.
"Pi" se tornou um marco no fim da década de 90, dado à sua montagem videoclípitca pungente, mesclada a acelerada trilha eletrônica.  Um pequeno grande filme, que custou pouco mais de U$60mil, mas que se tornou um "cult", além de agraciar os cinéfilos com um primoroso debute de um ascendente cineasta.

Meu Jantar com André de Louis Malle

Talvez para o cineasta Louis Malle, "Meu Jantar com André" tenha sido um de seus feitos mais simples. Ao acoplar dois velhos conhecidos da cena teatral nova iorquina, Wallace Shawn e Andre Gregory interpretando-se a si mesmos, Malle apenas focou a câmera para quase duas horas de diálogo dentro de um restaurante. Apesar da suposta simplicidade que a trama oferece, "Meu Jantar com André" é um objeto de estudo filosófico, para os amantes do cinema erudito. Por quase toda metragem da película, viajamos nas histórias do consagrado diretor de teatro André Gregory, que conta suas experiências reais, em busca da essência da vida. Em contrapartida, como Wallace Shawn, o espectador é apenas um ouvinte fascinado pela carga astral de companheiro de mesa, mas que em determinado momento, confronta as convicções do amigo. 
Para muitos, "Meu Jantar com André" pode ser enfadonho, desde que o espectador não esteja preparado para presenciar uma conversa cheia de teorias sobre espiritualidade, consumismo, religião e transcendência. Uma legitima aula de cinema humano e simples, mostrando a catarse de dois homens cultos, durante uma simplória refeição regada à sopa de batatas e vinho.

Ajuste Final de Joel Coen e Ethan Coen

Eis mais um exemplar admirável dos irmãos Coen. Como de costume da filmografia da dupla, "Ajuste Final" é um pastiche de obras de gângsters, além da redenção do homem diante da justiça. É o caso do viciado em jogos Tom Reagan (Gabriel Byrne), homem de bastante reputação dentro das falcatruas criminais de sua cidade. Reagan é o "braço direito" de Leo (Albert Finney), um poderoso mafioso irlandês, que domina toda corrupção local. Até que um dia é obrigado a se confrontar com Johnny Caspar (Jon Polito), criminoso em ascensão que pretende matar o trapaceiro Bernie (John Turturro). Ao pedir ajuda ao velhor irlandês, Caspar se sente humilhado ao ter seu pedido negado, e promete se vingança de Leo. Tanto o mafioso, quanto Reagan, são apaixonados pela sedutora Verna (Marcia Gat Harden), irmã do odiado Bernie. 
Como de prache nas películas dos Coen, o filme é dotado de sutis simbolismos, tal como um chapéu flutuando em uma floresta de árvores enormes. Tudo interligado de forma genial pelos irmãos, que notabilizaram-se já nessa terceira película de suas carreiras.
Apesar de grandioso, "Ajuste Final" levou tempo para ser concretizado, levando Joel e Ethan, a escrever um segundo filme durante a produção desse, baseado no bloqueio criativo da dupla. "Barton Fink" (como descrito em uma crítica desse blog), originou-se dessa obra-prima, que certamente está entre as melhores da década de 90.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A MARCA DA MALDADE (1958)

"A Marca da Maldade" é uma película inovadora, dentro de diversos parâmetros cinematográficos. A começar pela sua impecável abertura, na qual o diretor e ator Orson Welles primou por um plano sequência de mais de três minutos. No início da película, a câmera acompanha, como uma personagem, os passos do mexicano Vargas (Charlton Heston) e de sua esposa, Susie (Janet Leigh) que se dirigem à fronteira entre México e EUA. No limite tênue da pátria, duas cidades são acometidas por um atentado que mata um poderoso empresário norte-americano, e sua amante striper.

Vargas é um policial de inflûencia em sua cidade, do lado mexicano da fronteira, que trabalha no segmento de narcóticos. Conhecido por sua integridade, mas odiado pelos marginais, como os da família Grandi. Após testemunhar o atentado na fronteira de seu país, Vargas divide o caso com o impiedoso Capitão Hank Quinlan (Orson Welles magistral) que é famoso pelas suas intuições, quase sempre corretas. Como o carro do crime foi explodido em território americano, Quinlan decide tomar à frente do caso, não se importando com o policial mexicano.

Logo com o impacto inicial da trama, Welles cativa o espectador, pelo ritmo elevado da trama. É como se a película inteira fosse o grande clímax do filme. Não à toa, considerado por muitos, o maior cineasta da história do cinema, Welles estigmatizou sua obsessão pela originalidade, em relação à parte técnica. Como em "Cidadão Kane", o cineasta americano optou por ângulos de câmera inusitados, tal qual o mencionado plano sequência de "A Marca da Maldade". Outro fragmento técnico desse filme, fica por conta da fotografia sombria que remonta a era de ouro dos "film-noir". A trilha sonora de Henry Mancini, banhada à jazz e música latina, participa da película como uma coadjuvante inquieta, pronta para ser revelada em uma cena chave.

Como se isso não fosse bastante, o roteiro é bem articulado pelo onipresente Orson Welles. Sua premissa, não se baseia apenas em uma história de mistério, mesclada à uma crítica à xenofobia estadunidense em relação aos seus vizinhos mexicanos. Seus personagens possuem uma carga emocional bastante trabalhada no enredo, cono na direção e realização dos atores. É o caso do segurança noturno do Motel Mirador (Dennis Weaver, aquele perseguido por um caminhão em "Encurralado" de Spielberg), que demonstra transtornos mentais óbvios, mesclado à uma ginofobia (medo de mulher) implícita pelo ator e pelo diretor.

E como não podia ser, o elenco cooperativo de "A Marca da Maldade", ajudou a eternizar figuras marcantes da sétima arte. Charlton Heston, no ápice de sua carreira, se propôs a fazer um bronzeamento artificial, e descarregar seu sotaque espanhol para interpretar seu Vargas. Janet Leigh, mostrou nesse filme "pré-psicose" (já que ela seria conhecida pela antológica cena do chuveiro), que era muito mais do que um rostinho bonito, e mulher do galã da época, Tony Curtis. Seu papel como Susie, a dedicada e forte esposa de Vargas, lhe rendeu méritos diante de grandes cineastas como Alfred Hitchcock (Psicose) e John Frankenheimer (Sob o Domínio do Mal). E por fim, mais uma vez ele, Orson Welles e seu odioso alcoolizado Hank Quinlan, em uma sublime atuação. Visivelmente acabado, se comparado ao galante Kane de sua obra-prima, Welles usufruiu de sua imagem, para compor com maestria, a figura do velho e corrupto beberrão homem da lei. Para mim, um dos grandes personagens do cinema norte-americano.

Assistir à "A Marca da Maldade" é um devaneio aos olhos de um cinéfilo, e uma aula de cinema para futuros cineastas. Desde sua estrutura narrativa, movimentação de câmeras, luz, cenário, trilha sonora e montagem (que por sinal foi reeditada algumas vezes). A segunda grande obra-prima dentre tantas, que só uma mente brilhante como Orson Welles poderia confeccionar.

sábado, 7 de agosto de 2010

A ORIGEM (2010)

O sonho é um grande paradigma para neurologia e psicanálise. Há cada noite de nossas vidas, somos acometidos por impulsos nervosos que trabalham em nosso cérebro, criando formas oníricas e refletindo nosso sentimento diário através de parábolas. Um território bastante explorado pela medicina, que todavia, não fora revelado por completo. Através desse mistério, o humano ainda tem o suporte de criar teorias, e brincar com esses espasmos criados pelo inconsciente. O tema já fora explorado em grandes obras, seja na literatura, na pintura ou na sétima arte.

Christophen Nolan, diretor e criador de "A Origem", abusou de seu repertório psicanalítico e filosófico para criar esse filme. Aliás, o cineasta sempre se aventurou no campo da psicologia em toda sua filmografia. Desde "Following" de 1998, primeiro filme do cineasta, que acompanha um homem em busca de seu lado obscuro e marginal. "Memento" de 2000, se auto-explica já em seu titulo, fazendo referência a uma expressão em latim, que designa a lembrança que o homem tem de sua eventual morte. Ou na plasticidade mística de "O Grande Truque", que Nolan brinca com o anseio do humano em se sobressair, mesmo que para isso ele tenha que iludir o próximo (e até o espectador). E por último, o grande blockbuster "O Cavaleiro das Trevas", que usa de personagens populares dos quadrinhos, para expor a famigerada bifurcação entre o bem e o mal, que os humanos tem em sua consciência durante toda existência.

Em "A Origem", o grande tema é o inconsciente humano, que através de uma tecnologia pouco conhecida, é explorado para fins ilícitos. Conhecido como um "ladrão de sonhos", Cobb (Leonardo DiCaprio) é um viúvo acusado de matar sua esposa Mal (Marion Cotillard). O homem coordena uma equipe, que junto com ele, cria sonhos afim de persuadir a vítima. No caso do empresário japonês Saito (Ken Watanabe), que através de uma má sucedida invasão em sua mente, descobre as artimanhas de Cobb e compania. Tendo como braço direito de seu trabalho Arthur (Joseph Gordon-Levitt), o viúvo recebe uma proposta irrecusável do poderoso Saito. O trabalho proposto pelo japonês não é meramente roubar algo do inconsciente da pessoa, e sim implantar uma idéia. Caso a proposta se concretize, Cobb poderá se livrar das acusações de homicídio que sua esposa implantou antes de se matar, e enfim reencontrar seus filhos.

A trama é amarrada por dezenas de explicações sobre o processo de incepção, podendo confundir o espectador mais distraído. Desde as camadas do sonho dentro de um sonho, até o artifício que a "quadrilha" usa para acordar simultaneamente. Tudo muito engenhoso e bem explicitado por Christopher Nolan. O elenco ajuda a transportar com êxito a magnificência do roteiro, contudo se tornam secundários dentre os efeitos especiais e a bela trilha sonora de Hans Zimmer, que certamente estará entre as indicadas ao Oscar 2011. Leonardo DiCaprio continua fazendo o mais do mesmo; Ellen Page ainda não saiu de sua Juno; e Michael Caine interpreta a si mesmo, mais uma vez. Cillian Murphy, talvez seja o melhor dentre os atores em cena, ao lado do eclético e talentoso Joseph Gordon-Levitt, que consegue sempre dar uma cara nova aos seus personagens. Tom Hardy, que interpreta o multi-facetas e manipulador de imagens oníricas Eames, também foi uma grata surpresa. E para finalizar, não posso deixar de registrar meu apreço pela exuberância francesa da talentosíssima Marion Cotillard, que tem um dos papéis mais importantes no enredo.

Além do embasamento filosófico, e da mão firme para levar um grande blockbuster, Nolan demonstrou coragem para assumir essa produção de risco. Afinal a Warner e a Legendary desembolsaram U$200 milhões para criar os devaneios oníricos dos protagonistas de "A Origem". Um investimento muito bem acolhido pelo público, que já o trata como um "cult", e como uma obra para ser admirada e apreciada mais de uma vez.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

FILMES QUE VIRÃO-Sucker Punch de Zack Snyder


"Sucker Punch" de Zack Snyder é o filme que mais anseio para ver. De preferência em uma tela IMAX. A película de fantasia do visionário cineasta, conta a história de uma garota internada em um hospício. Como válvula de escape de sua melancôlica vida, a jovem cria um mundo imaginário onde é a heroína. O cineasta citou na última Comic-Con, que a película é uma mistura de vários temas que ele sempre gostou tal como samurais, nazistas, zumbis, dragões e claro, lindas mulheres em trajes fetichistas. É válido ressaltar que o último filme de Snyder, a adaptação cinematográfica para o antológico quadrinho "Watchmen", não obteve bons resultados nas bilheterias, apesar da aceitação dos fãs xiitas da obra de Alan Moore.


A protagonista da trama Baby Doll foi interpretada por Emily Browning (Desventuras em Série). Vanessa Hudgens (High School Musical), Jamie Chung (Dragonball), Carla Gugino (Sin City), Jena Malone (Donnie Darko), Abbie Cornish (Um Bom Ano) completam o elenco formado por belas mulheres. Scott Glenn (O Silêncio dos Inocentes) também esta no elenco de "Sucker Punch". Portanto se você, como eu, está louco para assistir a essa película, terá que esperar até 25 de Março do próximo ano, data de lançamento da película nos EUA. Agora temos que torcer para que esse filme tenha o mesmo dia de lançamento em relação aos estadunidenses.

TOP 5-EUA

E pela terceira semana consecutiva a Warner fatura a primeira colocação nas bilheterias norte-americanas com o elogiado "Inception". A cada película de Christopher Nolan, um produto de qualidade e bastante rentável, já que seu "The Dark Knight" foi o segundo filme mais visto da última década nos cinemas. No Brasil o filme será lançado na próxima sexta-feira, dia 6, como "A Origem".

"Dinner for Schmucks" conta a históiria de um executivo que atropela um homem no minimo bizarro, que passa a persegui-lo. A estréia foi morna, apesar da segunda colocação, arrecadando U$23.3 milhões. O filme não tem previsão de estréia no Brasil. No elenco Steve Carell e Paul Rudd, dupla que já tinha contracenado no excelente "O Virgem de 40 Anos".

A ação de espionagem "Salt", até que está se saindo bem nas bilheterias. Em sua segunda semana em cartaz, arrecadou U$70.8 milhões. Mesmo com o fim do casamento com Brad Pitt, Jolie continua firme e forte em sua turnê mundial para divulgar mais esse filme que demonstra seu poder "femme fatale".
"Despicable Me" é mais um exemplo de que as animações estão em alta na terra do Tio Sam. A película com tecnologia tridimensional já arrecadou volumosos U$190 milhões. Apesar do sucesso, o longa de animação ainda é o quarto desenho mais visto do ano, perdendo para "Toy Story 3", "Shrek 4ever" e "How to Train Your Dragon".
"Cats and Dogs: The Revenge of Kitty Galore" fecha a lista em quinto lugar. A continuação sobre "pets" espiões arrecadou U$12.5 milhões em sua estréia. A previsão para estréia em terra tupiniquins está prevista para 3 de Setembro.
 

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