"Gosto de Sangue" é a porta de entrada de uma carreira cinematográfica bem sucedida de dois jovens cineastas de Minneapolis chamados, Ethan Coen e Joel Coen. Eles conseguiram ser aclamados nos principais festivais de cinema independente do mundo como o Sundance e o Spirit Awards. Também puderá, pois além de ser bem dirigid,"Gosto de Sangue" é pontuado com boas atuações emcima de um roteiro bem estruturado e inteligente. Frances McDormand, como de habitual, está impecável em seu primeiro filme. John Getz, Dan Hedaya e M.Emmet Walsh também estão brilhantes, com destaque para Hedaya, interpretando Marty, um furioso marido traído por sua esposa Abby (McDormand). Já Getz, interpreta o caipirão Ray, que é o amante da mulher do chefe do bar em que trabalha. Walsh é o detetive particular que se encarrega de seguir o casal e mata-los a mando de Marty. Da metade até o fim, o longa se tranforma em um redemoinho de acontecimentos fatídicos, um atrás do outro.
Como na maioria da filmografia dos irmãos Coen, "Gosto de Sangue" contém muita violência e humor negro. Tudo isso somado a crítica de Joel e Ethan em relação a sociedade norte-americana no ápice da década de 80, focando o Texas. A introdução em off no começo da película explica a superficial relação dos moradores do estado sulista, fazendo um paralelo com os russos, até então comunistas. No fim do filme concluímos que os personagens não fazem idéia do que de fato está acontecendo, pois não conseguem estabelecer um simples diálogo entre si. A ambiguidade do roteiro está refletida no período histórico da época, em que os EUA via os outros países (principalmente os comunistas), com desconfiança e superficialidade. Esse Noir oitentista é sem dúvida uma das maiores obras-primas da década que é considerada perdida. Mas não para os irmãos prodígio que sem sombra de dúvidas são duas peças raras em Hollywood.
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