A década de 60 foi marcada por diversas mudanças de comportamento na sociedade mundial. Entre elas a luta pela igualdade de direitos entre os dois sexos. Ou seja, homens e mulheres deveriam dividir o espaço de forma igual sem nenhum tipo de machismo e preconceito. O sexo, um antigo tabu, naquele momento era acessível para todos. Como na película que essa crítica se refere, o sexo muitas vezes pode ser traumatizante, ainda mais para pessoas do sexo feminino que não estão acostumadas com os hormônios vorazes de um homem. Caso da belíssima Carole Ledoux (Catherine Deneuve), uma jovem que mora junto com sua irmã Helene (Yvonne Furneaux), e que trabalha em um grande salão de beleza londrino. É lá que Michael (Ian Hendry), conhece a acanhada Ledoux e apaixona-se por seu jeito misterioso. Porém a moça que antes parecia vulnerável, passa a se portar estranho quando sua irmã vai viajar para a Itália ao lado de seu amante. Carole passa a ter alucinações de estupro e de que as paredes de seu apartamento estão rachando. Até que subitamente a moça é acometida por um brusco impulso violento, e mata o apaixonada rapaz que lhe procurava incansavelmente. A partir daí, o cineasta francês Roman Polanski transforma Catherine Deneuve (em começo de carreira), em uma das figuras mais medonhas que o cinema já criou. E no fim da película revela-se que a atordoada garota não apenas repudiava o sexo, como desde criança mantinha uma aparência sinistra apesar de sua admirável beleza. Detalhe que esse filme foi o primeiro falado em inglês que Polanski dirigiu em sua bem sucedida carreira cinematográfica. Anos mais tarde o francês dirigiria obras-primas como, "O Bebê de Rosemary", "Chinatown" e "O Pianista". Infelizmente, "Repulsa ao Sexo" é um filme desconhecido para o grande público, mas merece ser visto, pois é um dos melhores do cineasta. O suspense não deve nada aos filmes do velho mestre. Se Alfred Hitchcock assistiu a esse longa, com certeza arrependeu-se de não ter dirigi-lo. Confira.
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