Já está ficando chato. Toda vez que assisto a uma película do cineasta Werner Herzog, eu sempre posto algum comentário no blog. Dessa vez não será diferente. Vou escrever a respeito do épico "Fitzcarraldo". Obsessão é o principal tema do filme sendo na frente ou atrás da câmeras. Na frente, pois o protagonista (Klaus Kinski) que dá nome ao filme, é um irlandês que sonha em construir uma ópera no meio da floresta amazônica. Fitz conta com a ajuda de Don Aquilino (José Lewgoy) e de sua amada, a cafetona Molly (Claudia Cardinale), para financiar uma viagem que trará de volta muita borracha. Com o dinheiro que conseguir poderá enfim concluir seu sonho. No perigoso trajeto, o aventureiro comanda um navio rumo à uma perigosa região habitada por índios encolhedores de cabeças. Assustada a tripulação abandona Fitz e mais três tripulantes. Entretanto o destemido comandante não contava com a ajuda da temida tribo que se impressiona com a grandiosidade do barco. Unindo a obsessão e inteligência de Fitzcarraldo, com a misteriosa vontade dos indígenas, o navio atravessa uma montanha via terra, mas por fim deságua no rio mais perigoso da Amazônia e quase causa uma desgraça. A belíssima cena final, nos mostra que os sonhos podem ser simplificados e que a obsessão, não é a melhor ferramenta para esse artifício. Herzog, com certeza, por trás das câmeras consegue nesse espetacular filme, nos mostrar que seu trabalho como diretor foi tão àrduo quanto o de Fitz. Só de pensar que teve que dirigir centenas de índios que estavam dipostos à assassinar o difícil Klaus Kinski e ter que se aventurar pelas nervosas correntes dos afluentes do Rio Amazonas, cansa qualquer um. Os bastidores da película gerou até um documentário e sem exagero pode ser considerado um dos filmes mais difíceis de ser feito da história. Herzog enxergou em si a alma obsessiva de Fitzcarraldo, nessa obra-prima do cinema mundial.
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