De 1915 à 1930, o cinema europeu, principalmente o alemão, passava por uma ascensão com nomes do porte de F.W.Murnau, Fritz Lang e Robert Wiese. O expressionismo era uma nascente de diversas artes na época, e também não poderia passar desapercebido pelo cinema. Nosferatu, Metropolis e O Gabinete do Dr.Caligari, são os filmes mais famosos desse período. Depois a segunda vertente tinha películas do porte de A Última Gargalhada de F.W.Murnau, O Testamento do Dr.Mabuse de Fritz Lang e O Golem de Paul Wegener. Esse último mistura a beleza da lenda judia, com as distorções expressionistas alemãs. O resultado é um dos primeiros filmes de terror da história, que hoje em dia não assustaria uma criança, mas na época até o mais corajoso dos homens se apavorava. Se a fantasia do Golem parece ser muito bem feita nos dias de hoje, imagina na época. Muitos acreditariam que o personagem na tela, tratava-se mesmo do monstro. O filme conta a história do rabino Rabbi Low, que lê nas estrelas um mal que poderá se abater sobre o povo judeu. Dias mais tardes, um Imperador cristão impõem uma lei que proibe a permanência judia, e dá um prazo rápido para retirada. Rabbi Low, com ajuda de seu assistente Rabbi Famulus, montam segundo os padrões do livro sagrado, o guerreiro de barro que vai salvar seu povo. Contando com o alinhamento dos planetas, o gigante Golem cria vida e como dito nas inscrições antigas judias, o guerreiro salva o povo dá terrível imposição do imperador, mas se rebela contra o mestre que o trouxe à vida. A fúria do homem de barro é tanta que ele destroi o vilarejo e leva consigo Miriam, a filha de um dos anciãos da pequena cidade. O final do filme é visto nessa simbólica e famosa foto acima, que designa a pureza do Golem diante a uma criança que tira sua estrela do peito e enfim derrota o furioso monstro. Paul Wegener que dirige e carrega o pesado figurino do guerreiro na película, já tinha levado a lenda aos cinemas em 1915 e 1917. Para quem se interessou, a distribuidora Continental trouxe o filme ao Brasil no formato DVD e com ótima qualidade. Recomendado para fãs de cinema fantástico.
terça-feira, 25 de março de 2008
O GOLEM (1920)
De 1915 à 1930, o cinema europeu, principalmente o alemão, passava por uma ascensão com nomes do porte de F.W.Murnau, Fritz Lang e Robert Wiese. O expressionismo era uma nascente de diversas artes na época, e também não poderia passar desapercebido pelo cinema. Nosferatu, Metropolis e O Gabinete do Dr.Caligari, são os filmes mais famosos desse período. Depois a segunda vertente tinha películas do porte de A Última Gargalhada de F.W.Murnau, O Testamento do Dr.Mabuse de Fritz Lang e O Golem de Paul Wegener. Esse último mistura a beleza da lenda judia, com as distorções expressionistas alemãs. O resultado é um dos primeiros filmes de terror da história, que hoje em dia não assustaria uma criança, mas na época até o mais corajoso dos homens se apavorava. Se a fantasia do Golem parece ser muito bem feita nos dias de hoje, imagina na época. Muitos acreditariam que o personagem na tela, tratava-se mesmo do monstro. O filme conta a história do rabino Rabbi Low, que lê nas estrelas um mal que poderá se abater sobre o povo judeu. Dias mais tardes, um Imperador cristão impõem uma lei que proibe a permanência judia, e dá um prazo rápido para retirada. Rabbi Low, com ajuda de seu assistente Rabbi Famulus, montam segundo os padrões do livro sagrado, o guerreiro de barro que vai salvar seu povo. Contando com o alinhamento dos planetas, o gigante Golem cria vida e como dito nas inscrições antigas judias, o guerreiro salva o povo dá terrível imposição do imperador, mas se rebela contra o mestre que o trouxe à vida. A fúria do homem de barro é tanta que ele destroi o vilarejo e leva consigo Miriam, a filha de um dos anciãos da pequena cidade. O final do filme é visto nessa simbólica e famosa foto acima, que designa a pureza do Golem diante a uma criança que tira sua estrela do peito e enfim derrota o furioso monstro. Paul Wegener que dirige e carrega o pesado figurino do guerreiro na película, já tinha levado a lenda aos cinemas em 1915 e 1917. Para quem se interessou, a distribuidora Continental trouxe o filme ao Brasil no formato DVD e com ótima qualidade. Recomendado para fãs de cinema fantástico.
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