Em "The Innkeepers", Ti West consolida seu estilo lento, com trilha maneirada e uma inserção infindável de diálogos. Tudo em pró do suspense. Esse maneirismo do cineasta funciona como um elo emocional entre a protagonista e o público, criando mais uma personagem feminina fugindo do rótulo da "gostosa que grita".
O filme conta a história de um antigo hotel de uma cidade interiorana, que está com os dias contados. No fim de semana que antecede seu fechamento, os recepcionistas Claire (Sara Paxton) e Luke (Pat Healy) tem a companhia de pouquíssimos hóspedes. Com exceção dos pedidos de toalha, a dupla se entedia com a falta de tarefas, revezado na função de recepcionista, no pequeno e aconchegante saguão do hotel.
Mas as coisas se complicam quando a dupla de protagonistas se embebeda com cerveja, e partem em busca da fantasmagórica noiva, em meio ao empoeirado porão do hotel. O local serviu para a ocultação do cadáver da hóspede suicida, que permaneceu apodrecida por três dias a quase 100 anos. Munidos com um velho aparato de escuta, Claire e Luke despertam a discreta entidade aprisionada no hotel.
Apesar de ter isolados momentos de tensão, incluindo o frenético desfecho da trama, "The Innkeepers" não vai agradar a muitos. Ti West não se apressa em trazer explicações fáceis e explícitas sobre a veracidade da assombração, limitando-se a pequenos nuances e pouca ação durante dois terços da película. Corra do filme, caso você se aborreça facilmente com muitos diálogos. Já para os fãs de um bom suspense, "The Innkeepers" será uma boa exceção em um ano tão ruim para o terror.
1 comentários:
Nesse filme fiquei tenso. Muito bom.
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