quinta-feira, 28 de abril de 2011

6 cineastas coreanos mais influentes




O cinema coreano cresceu muito nos últimos quinze anos. Antes disso seu cinema era desconhecido fora de seu país, e raramente gerava lucro para seus produtores. Paralelo ao crescimento econômico, a sétima arte coreana se desenvolveu. Com a ajuda dos europeus, grandes fãs de suas obras, a indústria cinematográfica da Coreia é uma das mais desenvolvidas do mundo. Sua ótica regional atrai o olhar de milhares de cinéfilos ao redor do globo. Agradando a todos os gostos e estilos, os coreanos produzem obras artísticas e comerciais como ninguém. Consequentemente a Coreia passou a ter grandes cineastas, que conduzem o cinema local por todas as vertentes, tornando-o eclético. Confira os seis cineastas mais influentes do moderno cinema da Coreia do Sul.
Jee-woon Kim

O cinema de Jee-woon Kim é excencialmente comecial, fazendo com que seus filmes arrecadem bons valores nas bilheterias. Em 2003 dirigiu o terror dramático, "História de Duas Irmãs", que acabou tendo fama internacional, além de ganhar uma péssima refilmagem estadunidense. Depois do sucesso, Kim dirigiu sucessos comerciais de ação como "O Gosto da Vingança" (2005) e a mediana comédia de faroeste coreano "Os Invencíveis", protagonizada pelo astro  Kang-ho Song (O Hospedeiro). No ano passado o diretor voltou a estampar publicações de cinema ao redor do mundo com o contundente suspense "I Saw the Devil", mais uma obra coreana com o tema sobre vingança.

Melhor filme: I SAW THE DEVIL (2010)
 
Sang-soo Hong
Conhecido por seus filmes intimistas, Sang soo Hong também é figura carimbada nos grandes festivais de cinema ao redor do mundo. Sua películas que abordam a banalidade das relações humanas na atualidade, já estão presentes em quase duas décadas de trabalho. Em 2010 seu trabalho "Ha Ha Ha" levou o prêmio de melhor filme na mostra "Um Certo Olhar" do Festival de Cannes. Nesse ano o diretor está concorrendo pelo segundo anos consecutivo, na categoria que outrora o premiou.

Melhor Filme: SAENGHWALUI BALGYEON (2002)


 Ki-duk Kim
Ki-duk Kim é conhecido por seus filmes de temática mística e reflexiva. Suas obras complexas podem não ser compreendidas para o público ocidental, já que suas películas são carregadas de filosofias e religiosidade mais compreensíveis aos coreanos. O diretor de "Primavera, Verão, Outono, Inverno...E Primavera" (2003), "Fôlego" (2007) e do excelente "Casa Vazia" (2004) estudou em uma escola de artes francesa durante a década de 90. Premiado desde seu primeiro projeto, Ki-duk Kim é um dos nomes mais comuns nos grandes festivais ao redor do mundo. Sua presença já está garantida no próximo Festival de Cannes, onde seu novo filme "Arirang" vai concorrer na competição "Um Certo Olhar".

Melhor Filme: CASA VAZIA (2004)

Chang-dong Lee
Como de praxe, todos os anos Cannes indica uma avalanche de filmes coreanos em suas competições. No ano passado o grande destaque foi o belo "Poesia" de Chang-dong Lee. O filme que tem como alicerce a atuação de sua protagonista Jeong-hie Yun, envoca a banalidade que lidamos com a essência da vida, e por tudo que é belo. "Poesia" de fato foi um dos melhores filmes feitos no mundo no ano passado. Mas a sutileza do cineasta não vem apenas do filme mencionado. Lee tem no currículo o drama romântico "Oasis", película premiada no Festival de Veneza de 2002.

Melhor Filme: POESIA (2010)

Joon-ho Bong
Pode até ser que o nome de Joon-ho Bong não seja tão conhecido, mas suas películas estão entre as mais famosas do oriente da última década. O suspense "Memórias de um Assassino" conta com a presença de seu ator-fetiche Kang-ho Song, em uma atuação visceral que leva ao espectador a ángustia de dois policiais que apesar de suas diferenças precisam se unir para encontrar um serial-killer. Apesar da trama policial elaborada e tensa, o filme é uma metáfora entre a Coreia do passado, versus a modernidade alarmante da potência asiática. No divertido e trágico "O Hospedeiro", Bong mescla mais uma vez excelnte entetenimento, com uma temática crítica entre a relação bilateral de seu país e EUA. Já em "Mother", o diretor arrancou a premiada atuação desesperada da excelente atriz Hye-ja Kim, que consequentemente fora elogiada de forma unânime pela crítica mundial.
 Melhor filme: MEMÓRIAS DE UM ASSASSINO (2003)

Chan-wook Park

Ele certamente é um dos cineastas mais prestigiados da atualidade. A cada divulgação de um novo projeto, maior é a expectativa em torno. Chan-wook Park ficou conhecido pela deliciosa história de vingança e incesto de "Oldboy". O filme não chocu apenas pela sua violência gráfica, mas também pela contundência e maneirismos que pontuam o filme. "Oldboy" é apenas o segundo filme da "Trilogia da Vingança". O primeiro é o ótimo "Sr.Vingança" e o último é "Lady Vingança". Todos filmes marcados pelo estilo único do cineasta que ficou conhecido no mundo todo. Porém depois dos três filmes mencionados, Park não inovou como antes. "I´m a Cyborg But That´s Ok" e "Sede de Sangue" são filmes bons, mas não se comparam com o frisson causado por "Oldboy". Antes da trilogia é válido destacar o excelente "Zona de Risco", um dos filmes que melhor ilustram o embate entre as duas Coreias. Que venha Hollywood.


Melhor filme: OLDBOY (2003)

quarta-feira, 20 de abril de 2011

SOBRENATURAL (2011)




James Wan e Leigh Whannel se conheceram na Austrália ainda na década de 90. O malaio fransino e o roteirista australiano estudaram na mesma faculdade de tecnologia em Melbourne. Em 2003 Whannel roteirizou e protagonizou o curta de nove minutos entitulado "Saw". Um ano depois, a Lions Gate Films comprou os direitos e refilmou o curta com o mesmo nome do original. Wan e Whannel continuaram respectivamente na direção e no roteiro. Bom, o resto todo mundo já sabe. Ambos se tornaram milionários graças ao sucesso estrondoso da franquia "Jogos Mortais", e de seu vilão Jigsaw.

Em 2007 a dupla se reuniu novmente para o fracassado "Dead Silence", terror sobre bonecos de ventríloco. Depois Wan dirigiu o suspense policial "Sentença de Morte", estrelado por Kevin Bacon, John Goodman e Kelly Preston.

Enfim em 2010 os amigos, já milionários, uniram-s para criar o mundo de "Sobrenatural", filme de terror com uma boa pitada de fantasia e humor. Entre os produtores que investiram no projeto da dupla está o recém-milionário Oren Peli, diretor e criador da franquia "Atividade Paranormal".

Havia algum tempo que uma película do gênero não me surpreendia positivamente. "Sobrenatural" era o filme que "Arrasta-me para o Inferno" de Sam Raimi queria ser - original e divertido. Apesar de uma boa dosagem de sustos, o filme da dupla Wan e Whannel também é direcionado para o terror psicológico. Na trama uma pacata família suburbana de classe média muda-se de casa. A casa traz a tona um antigo segredo familiar que toma a alma de Dalton, filho do meio de Josh (Patrick Wilson) e Renai (Rose Byrne). Sem explicações clínicas do suposto coma, a mãe do garoto começa a ter estranhas visões, além de sentir uma constante presença ao redor do filho vegetativo.


 Se fosse em outra película de terror Renai certamente seria tachada como louca, e teria pouco consolo vindo das pessoas ao redor, tendo que encarar o mal solitariamente. Em "Sobrenatural" a dupla brinca com esse clichê do gênero. Josh dá apoia a esposa na decisão de mudar de casa, pois acreditam que o local está assombrado. Novo lar, novos problemas. A áurea em torno do garoto vegetativo começa a ficar pesada, e novos eventos sobrenaturais começam a rodeá-lo. Apoiada por Lorraine (Barbara Hershey), mãe de seu amrido, Renai procura ajuda de uma paranormal aos moldes de "Poltergeist". Por sinal é a sogra da mulher que apresenta a entidade demoníaca que quer se apoderar do corpo de Dalton. A cena em que Lorraine descreve o sonho que teve com o neto, é uma das mais assustadoras dos últimos anos.


O filme então ganha em humor com a presença dos assistentes da paranormal Elise Rainier (Lin Shaye) - Tucker (Angus Sampson) e Specs (o nosso estimado roteirista Leigh Whannel).  O roteiro brinca com as estranhas parafernalhas técnicas de detectação de espectro da dupla, que vai de uma antiga máquina fotográfica de brinquedo, até uma bizarra máscara de mergulho que serve como proteção na hora de fazer contato com a dimensão espiritual.


Contudo "Sobrenatural" tem alguns deslizes que impede o filme de se tornar uma grande obra do gênero. O filme é muito explicativo, perdendo preciosos minutos de tensão para destrinchar a origem dos espíritos que rodeiam Dalton. Pelo menos Leigh Whannel usou o bom senso para não entrar a fundo nas origens da assustadora criatura demoníaca de face sangrenta e garras pontudas. O final também é muito bom, mas infelizmente dá margem para continuações, ainda mais com o sucesso inesperado nas bilheterias estadunidentes arrecadando quase U$36 milhões. Ótimo rendimento, ainda mais pelo baixo orçamento de U$1.5 milhão.



Portanto se você tinha alguma insegurança, pode ficar tranquilo. "Sobrenaturall" pode te surpreender positivamente, com uma premissa aparentemente simples, mas que pelo bem e pelo mal se desenvolve durante o filme, pontuado por efeitos especiais criativos e atmosfera tensa. Uma pequena grande obra que merece ser vista no cinema.

sábado, 16 de abril de 2011

A ÚLTIMA GARGALHADA (1924)






Antes de se engajar no movimento nazista como um dos grandes  ícones artísticos da ideologia alemã, e de ser o primeiro ator vencedor de um Oscar, o suiço Emil Jannings era apenas um promissor artista teatral. Seu primeiro personagem inesquecível fora de rei Henrique VIII em "Anna Boleyn" (1920) do lendário cineasta Ernst Lubitsch. Mas sua performance mais memorável só viria em 1924, com o clássico do cinema mudo alemão, "A Última Gargalhada". Dirigido por F.W.Murnau, conta a história de um porteiro de hotel que se encontra no limiar da sanidade quando descobre que perdera o emprego que tanto o orgulhava. Admirado na humilde vila em que residia, o altivo porteiro trajando seu pomposo uniforme exibia-se diante do olhar invejoso da vizinhança.

Após um pequeno incidente em que se envolveu quando deixou cair uma pesada maleta, o porteiro recebera uma carta que lhe explicava as razões da perda de cargo. Sua idade avançada impediria o homem de continuar carregando as pesadas bagagens da aristocracia que se hospedava no hotel. Por consideração, o ex-porteiro não fora despedido, mas para sua tristeza passou a trabalhar no banheiro do hotel. A partir de então, Murnau incomoda o espectador com a queda moral do simpático protagonista.Afogado em depressão e baixo estima, o porteiro lamenta-se também por ter perdido o respeito e a admiração que sua mulher nutria por ele. O final feliz da trama fora um pedido que os produtores fizeram a Murnau, após saberem do desfecho pessimista do personagem.


    A câmera em constante movimento durante as tomadas estiliza o sofrimento do porteiro, desvirtuando as imagens nos planos lúdicos, ou na embriaguez do protagonista. Traços evidenciados do expressionismo alemão, ainda vigente naquele período. A câmera portátil, como o travelling que permeia algumas tomadas do saguão do hotel, revolucionaram a fotografia do cinema. Karl Freund, um dos maiores diretores de fotografia da história, e responsável por "A Última Gargalhada", ganhou Hollywood anos mais tarde.


O filme também foi revolucionário por não conter as habituais escritas que narra a fala dos personagens, típico do cinema mudo. Com exceção de duas cenas, "A Última Gargalhada" se sustenta no talento do cultuado ator Emil Jannings, que por infelicidade anos mais tarde fora abolido de Hollywood e do cinema em geral por sua associação com a filosofia de Hitler. Deixando o debate ideológico de lado, Jannings deve ser lembrado pelo grande papel de porteiro decadente que lida com a depressão na fase terminal da sua vida, como um dos seus grandes papéis.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Indicados a Palma de Ouro 2011

 O 64º Festival de Cannes, que acontece entre os dias 11 e 22 de maio já tem seus indicados. E como acontece nos últimos anos, figuras carimbadas já tem presença confirmada na Riviera Francesa. É o caso de Lars von Trier, Pedro Almodovar, Jean-Pierre e Luc Dardenne, Nanni Moretti, Takashi Miike, Terrence Malick e Aki Kaurismaki, cineastas autorais que estão entre os indicados desse ano.

 Sean Penn em "The Tree of Life" de Terrence Malick, filme mais aguardado do festival

O jurí desse ano será presidido por Robert De Niro, ator consagrado e fundador do Festival de Tribeca em 1988. O Brasil pelo terceiro ano consecutivo, não está representado na principal competição. Em compensação "Trabalhar Cansa" de Juliana Rojas e Marco Dutra será exibido em "Un Certain Regard", concorrendo com grandes nomes com Gus van Sant, Bruno Dumont, Kim Ki Duk, Sean Durkin e Sang-soo Hong.

Marco Dutra e Juliana Rojas já estiveram no festival, concorrendo por melhor curta


Confira os indicados desse ano.




Competição
La Piel Que Habito, de Pedro Almodóvar
House of Tolerance (L’apollonide - Souvenirs de la maison close), de Bertrand Bonello
Pater, de Alain Cavalier
Footnote, de Joseph Cedar
Once Upon a Time in Anatolia (Bir Zamanlar Anadolu), de Nuri Bilge Ceylan
The Kid With A Bike (Le Gamin Au Velo), de Jean-Pierre e Luc Dardenne
Le Havre, de Aki Kaurismaki
Hanezu No Tsuki, de Naomi Kawase
Sleeping Beauty, de Julia Leigh
Poliss, de Maiwenn
A Árvore da Vida, de Terrence Malick
La Source des Femmes, de Radu Mihaileanu
Hara-kiri: Death Of A Samurai, de Takashi Miike
We Have a Pope (Habemus Papum), de Nanni Moretti
We Need to Talk About Kevin, de Lynne Ramsay
Michael, de Markus Schleinzer
This Must Be The Place, de Paolo Sorrentino
Melancholia, de Lars Von Trier
Drive, de Nicolas Winding Refn

Fora de Competição
The Conquest, de Xavier Durringer
Um Novo Despertar, de Jodie Foster
The Artist, de Michel Hazanavicius
Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas, de Rob Marshall

Um Certo Olhar
Restless, de Gus Van Sant
The Hunter, de Bakur Bakuradeze
Halt auf freier Strecke, de Andreas Dresen
Hors Satan, de Bruno Dumont
Martha Marcy May Marlene, de Sean Durkin
The Snows of Kilimanjaro, de Robert Guedeguian
Skoonheid, de Oliver Hermanus
The Day He Arrives, de Hong Sang-soo
Bonsai, de Cristian Jimenez
Tatsumi, de Eric Koo
Arirang, de Kim Ki-duk
Where Do We Go Now?, de Nadine Labaki
Loverboy, de Catalin Mitulescu
Yellow Sea, de Na Hong-jin
Miss Bala, de Gerardo Naranjo
Trabalhar Cansa, de Juliana Rojas and Marco Dutra
L’exercice de l’etat, de Pierre Schoeller
Toomelah, de Ivan Sen
Oslo, August 31, de Joachim Trier

10 aparições de astros em videoclipes

Confira abaixo 10 divertidas participações de astros do cinema em videoclipes




10-) Angelina Jolie
"Anyone Seen My Baby?" dos Rolling Stones, 1997
A música e o clipe são excelentes, tanto quanto a performance da até então desconhecida filha de Jon Voight, que interpreta uma stripper em Nova York. É válido ressaltar que essa não foi a primeira nem foi a última participação de Angelina Jolie em um videoclipe. "Did My Time" do Korn, "Stand By My Woman" de Lenny Kravitz e "It´s About Time" dos Lemonheads também tiveram a ilustre participação da atriz.



09-) Jack Black
"Learn to Fly", Foo Fighters, 1999
O clipe do delicioso single do álbum "There is Nothing Left to Lose" conta com a ilustre presença do comediante e roqueiro Jack Black no começo e no fim do clipe. O ator, até então desconhecido pelo grande público, já tinha participado de videoclipes tão divertidos quanto "Learn to Fly". Em 1999 Black apareceu também em "Sexx Laws", clipe do cantor Beck. "Learn to Fly" é um divertido video que apresenta um tumultuado voo, estrelando os integrantes da banda liderada pelo ex-baterista do Nirvana, Dave Grohl. Em "Learn To Fly" Black contracena com o guitarrista Kyle Gass, parceiro e amigo da banda "Tenacious D", que anos mais tarde ganharam um filme de comédia para divulgar o trabalho.


08-) Steve Martin, Dan Aykroyd, Jeff Goldblum, Eddie Murphy e Michelle Pfeiffer
"Lucille", B.B.King, 1985

Acredito que nunca houve um clipe tão estrelado quanto dessa música de B.B.King. "Lucille" é um contagiante blues, que fez parte da excelente trilha-sonora do filme "Into the Night" de John Landis. Dos astros que interpretam a banda-base de King em um casa noturna no videoclipe, Eddie Murphy e Steve Martin foram os únicos que não participaram do filme. B.B King conseguiu a proeza de unir o mais alto escalão da comédia estadunidense daquele período para promover sua canção.



07-) Robert Downey Jr.
"I Want Love", Elton John, 2001

Em uma grandiosa casa vazia, um melancólico homem extravasa suas frustrações dublando "I Want Love" de Elton John. Eis que surge Robert Downey Jr. que no ápice de seus problemas com drogas, e precisando de dinheiro, aceitou protagonizar o clipe do hit de Elton John. O vídeo tem uma boa fotografia, que capta de forma minimalista as expressões angustiadas do ator.



06-) Johnny Depp
"It´s A Shame About Ray", The Lemonheads, 1992
Em ascenção na carreira depois de "Cry-Baby" e "Edward Mãos de Tesoura", o jovem ator Johnny Depp aceitou participar do clipe da banda indie "The Lemonheads". A música que dava o nome do álbum é uma gostosa balada sobre um triste garoto interiorano. Obviamente no vídeo Depp interpreta o rapaz da música. Em 1993, o astro voltou a participar em um clipe ao lado de Faye Dunaway em "Into the Great Wide Open" de Tom Petty and the Heartbreakers.


05-) John Malkovich
"Walking on Broken Glass", Annie Lennox, 1992
O clipe do album solo de Annie Lennox, ex-vocalista do Eurythimic, tem uma temática de realeza vitoriana. No vídeo a cantora é disputada por dois homens- John Malkovich e um irreconhecível Hugh Laurie, protagonista da série "House". Em 2004 a cantora e compositora escocesa recebeu um Oscar de melhor canção por "Into the West", música tema de "O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei".



04-) Chevy Chase
"You Can Call me Al", Paul Simon, 1986
A excelente música "You Can Call me Al" é só mais uma obra-prima do famoso álbum "Graceland" de Paul Simon. Contudo o videoclipe ficou famoso por trazer o comediante Chevy Chase dublando a música. O mais engraçado é que Paul Simon observa a cena com total desdém. "You Can Call me Al" foi um grande sucesso para Simon, e ajudou alavancar ainda mais a carreira do astro de "Férias Frustradas" em meados da década de 80.



03-) Eddie Murphy
"Remember the Time", Michael Jackson, 1992

Os clipes de Michael Jackson eram bastante esperados pelo público da MTV. Em "Bad" Michael conseguiu que Martin Scorsese dirigisse seu clipe. Wesley Snipes participou do clipe. Em 1991, o famoso clipe "Black and White" contou com a participação do astro-mirim Macaulay Culkin. No ano seguinte foi a vez de Eddie Murphy estrelar um clipe do astro pop, representando um faraó.

02-) Scarlett Johasson
"When the Deal Goes Down", Bob Dylan, 2006
Nem o lendário artista folk resistiu ao charme de Scarlett Johasson no belo clipe de "When the Deal Goes Down". A música de Bob Dylan tem belas imagens retrô rodadas em 8mm da bela atriz acenando para câmera como se fosse uma gravação caseira. A canção e as imagens se mesclam em único e belo poema.


01-) Jennifer Connelly
"Drove All Night", Roy Orbinson, 1992
A bela Jennifer Connelly em tórridas cenas com o sumido protagonista de "Barrados no Baile" Jason Priestley, consolidou a atriz como uma "sexy symbol". Por sinal, o clipe da versão remasterizada da antiga música do cantor Roy Orbinson é um dos mais sensuais da indústria fonográfica, e um dos meus vídeos musicais favoritos.



Vale mencionar também: Keanu Reeves em "Rush Rush" de Paula Abdul, Christopher Walken em "Weapon of Choice" de Fat Boy Slim", Bill Murray e Willem Dafoe em "Tive Razão" de Seu Jorge, Alicia Silverstone e Liv Tyler em "Crazy" , Ben Stiller em "Taylor" de Jack Johnson e Adrien Brody em "A Sorta Fairytale" de Tori Amos.



segunda-feira, 11 de abril de 2011

Indicados ao 8º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro

   2010 foi um excelente ano para o cinema brasileiro, se considerarmos os elevados valores arrecadados nas bilheterias. "Tropa de Elite 2" bateu o recorde, que outrora pertencia a "Dona Flor e seus Dois Maridos" de Bruno Barreto. Já "Chico Xavier" e "Nosso Lar" elevou a febre espírita nas telona. Em contra-partida do faturamento nas bilheterias, o cinema nacional não foi brilhante em termo de bons filmes. O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, cerimônia que ocorre no dia 31 de Maio no Rio de Janeiro, elegeu as películas favoritas de 2010. "Chico Xavier" e "Tropa de Elite 2" receberam 16 indicações cada. 

   A grande novidade em 2011 é que você pode ajudar a escolher os vencedores nas principais categorias. Acesse www.academiabrasileiradecinema.com.br e escolha entre os melhores filmes de longa, documentário e estrangeiro.

   Confira os indicados.




MELHOR LONGA–METRAGEM DE FICÇÃO

"5 x FAVELA, AGORA POR NÓS MESMOS" (FOTO), de Manaira Carneiro, Wagner Novais, Rodrigo Felha, Cacau Amaral, Luciano Vidigal, Cadu Barcelos, Luciana Bezerra. Produção: Renata de Almeida Magalhães e Carlos Diegues por Luz Mágica.

"CHICO XAVIER", de Daniel Filho. Produção: Daniel Filho por Lereby Produções Ltda.

"AS MELHORES COISAS DO MUNDO", de Laís Bodanzky. Produção: Jasmin Pinho, Minom Pinho, Debora Ivanov, Gabriel Lacerda, Caio Gullane e Fabiano Gullane por Gullane Filmes.

"OLHOS AZUIS", de José Joffily. Produção: José Joffily e Heloisa Rezende por Coevos Filmes Ltda.

"TROPA DE ELITE 2", de José Padilha. Produção: José Padilha e Marcos Prado por Zazen Produções.

"VIAJO PORQUE PRECISO, VOLTO PORQUE TE AMO", de Karim Ainouz e Marcelo Gomes. Produção: Daniela Capelato e João Junior por Rec Produtores.



MELHOR LONGA–METRAGEM DOCUMENTÁRIO

"DZI CROQUETTES" de Raphael Alvarez e Tatiana Issa. Produção: Tatiana Issa, Raphael Alvarez e Bob Cline por TRIA Productions e Paulo Mendonça por Canal Brasil.

"O HOMEM QUE ENGARRAFAVA NUVENS" de Lírio Ferreira. Produção: Denise Dummont por Good Ju-ju.

"JOSÉ E PILAR" de Miguel Gonçalves Mendes. Produção: Miguel Gonçalves Mendes por Jumpcut, Fernando Meirelles e Bel Berlink por O2 Filmes, Augustin Almodóvar e Esther Garcia por El Deseo.

"UMA NOITE EM 67" de Renato Terra e Ricardo Calil. Produção: Mauricio Andrade Ramos e João Moreira Salles por VideoFilmes.

"RITA CADILLAC: A LADY DO POVO" (FOTO) de Toni Venturi. Produção: Toni Venturi por Olhar Imaginário e Sergio Kieling por Mamute Filmes Ltda.




MELHOR LONGA–METRAGEM INFANTIL

"A CASA VERDE" de Paulo Nascimento. Produção: Marilaine Castro da Costa e Paulo Nascimento por Accorde Filmes Ltda.

"EU E MEU GUARDA-CHUVA" (FOTO) de Toni Vanzolini. Produção: Toni Vanzolini, Eliana Soárez, Leonardo Monteiro de Barros, Luiz Noronha e Pedro Buarque de Hollanda por Conspiração Filmes.

"HIGH SCHOOL MUSICAL - O DESAFIO" de César Rodrigues. Produção: Iafa Britz, Marcos Didonet, Walkiria Barbosa, Vilma Lustosa por Total Entertainment.



MELHOR DIREÇÃO

DANIEL FILHO por "Chico Xavier"

JOSÉ JOFFILY (FOTO) por "Olhos Azuis"

JOSÉ PADILHA por "Tropa de Elite 2"

KARIM AINOUZ e MARCELO GOMES por "Viajo Porque Preciso, Volto Porque te Amo"

LAÍS BODANZKY por "As Melhores Coisas do Mundo"



MELHOR ATRIZ

ALICE BRAGA (FOTO) como Elaine por "Cabeça a Prêmio"

CHRISTIANE TORLONI como Glória por "Chico Xavier"

GLÓRIA PIRES como Dona Lindú por "Lula, O Filho do Brasil"

INGRID GUIMARÃES como Alice por "De Pernas pro Ar"

MARIETA SEVERO como Manuela por "Quincas Berro D'Água"




MELHOR ATOR

ÂNGELO ANTÔNIO como Chico Xavier (1931/1959) por "Chico Xavier"

CHICO DIAZ (FOTO) como Matuim por "O Sol do Meio-Dia"

MARCO NANINI como Odorico Paraguaçu por "O Bem Amado"

NELSON XAVIER como Chico Xavier (1969/1975) por "Chico Xavier"

PAULO JOSÉ como Quincas por "Quincas Berro D`Água"

WAGNER MOURA como Nascimento por "Tropa de Elite 2"



MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

CASSIA KISS como Iara por "Chico Xavier"

DENISE FRAGA (FOTO) como Camila por "As Melhores Coisas do Mundo"

ELKE MARAVILHA como Avó por "A Suprema Felicidade"

LEANDRA LEAL como Liuba por "Insolação"

ROBERTA RODRIGUES como Renata por "5 x Favela, Agora Por Nós Mesmos"

TAINÁ MULLER como Clara por "Tropa de Elite 2"



MELHOR ATOR COADJUVANTE

ANDRE MATTOS como Dep. Fortunato por "Tropa de Elite 2"

ANDRÉ RAMIRO como André Mathias por "Tropa de Elite 2"

CAIO BLAT como Artur por "As Melhores Coisas do Mundo"

CASSIO GABUS MENDES como Padre Julio Maria por "Chico Xavier"

HUGO CARVANA como Dos Santos por "5 x Favela, Agora Por Nós Mesmos"

IRANDHIR SANTOS (FOTO) como Diogo Fraga por "Tropa de Elite 2"



MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA

GUSTAVO HADBA por "Lula, O Filho do Brasil"

LAURO ESCOREL por "A Suprema Felicidade"

LULA CARVALHO por "Tropa de Elite 2"

NONATO ESTRELA, ABC por "Chico Xavier"

TOCA SEABRA (FOTO) por "Quincas Berro D`Água"


MELHOR DIREÇÃO DE ARTE

ADRIAN COOPER por "Quincas Berro D`Água"

CASSIO AMARANTE por "As Melhores Coisas do Mundo"

CLAUDIO AMARAL PEIXOTO por "Chico Xavier"

CLÓVIS BUENO por "Lula, O Filho do Brasil"

TIAGO MARQUES TEIXEIRA por "Tropa de Elite 2"


MELHOR FIGURINO

ANDREA SIMONETTI por "Eu e Meu Guarda-Chuva"

BIA SALGADO (FOTO) por "Chico Xavier"

CLÂUDIA KOPKE por "O Bem Amado"

CLÁUDIA KOPKE por "Tropa de Elite 2"

KIKA LOPES por "Quincas Berro D`Água"


MELHOR MAQUIAGEM

ANA VAN STEEN por "Eu e Meu Guarda-Chuva"

ANA VAN STEEN por "Lula, O Filho do Brasil"

LU MORAES (FOTO) por "O Bem Amado"

MARISA AMENTA por "Quincas Berro D`Água"

MARTIN MACIAS TRUJILLO por "Tropa de Elite 2"

ROSE VERÇOSA por "Chico Xavier"


MELHOR EFEITOS VISUAIS

BRUNO VAN ZEENBROECK por "Tropa de Elite 2"

DARREN BELL, GEOFF D. E. SCOTT e RENATO TILHE (FOTO) por "Nosso Lar"

LUCIANO NEVES (TRIBO POST) por "Quincas Berro D'Água"

MARCELO SIQUEIRA por "Eu e Meu Guarda-Chuva"

TAMIS LUSTRE por "Chico Xavier"


MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

BRÁULIO MANTOVANI e JOSÉ PADILHA (FOTO) por "Tropa de Elite 2"

BRUNO MAZZEO, JOÃO AVELINO e ROSANA FERRÃO por "Muita Calma Nessa Hora"

JOSÉ ANTONIO DA SILVA, OFICINA NÓS DO MORRO, OFICINA OBSERVATÓRIO DE FAVELA, RAFAEL DRAGAUD, RODRIGO CARDOZO e VILSON DE OLIVEIRA por "5 x Favela, Agora Por Nós Mesmos"

KARIM AINOUZ e MARCELO GOMES por "Viajo Porque Preciso, Volto Porque te Amo"

LUIZ BOLOGNESI por "As Melhores Coisas do Mundo"

MARCELO SABACK e PAULO CURSINO por "De Pernas pro Ar"

MELANIE DIMANTAS e PAULO HALM por "Olhos Azuis"


MELHOR ROTEIRO ADAPTADO

ADRIANA FALCÃO, BERNARDO GUILHERME, MARCELO GONÇALVES e TONI VANZOLINI por "Eu e Meu Guarda-Chuva". Adaptado da obra “Eu e Meu Guarda-Chuva” de Branco Mello, Hugo Possolo e Ciro Pessoa.

CLAUDIO PAIVA e GUEL ARRAES por "O Bem Amado". Adaptado da obra “O Bem Amado” de Dias Gomes.

ESMIR FILHO e ISMAEL CANEPPELE (FOTO) por "Os Famosos e os Duendes da Morte". Adaptado da obra “Os Famosos e os Duendes da Morte” de Ismael Caneppele.

MARCOS BERNSTEIN, AC por "Chico Xavier". Adaptado da obra “As Vidas de Chico Xavier” de Marcel Souto Maior.

SÉRGIO MACHADO por "Quincas Berro D'Água". Adaptado da obra “A morte e a morte de Quincas Berro D ?água” de Jorge Amado.




MELHOR MONTAGEM FICÇÃO

DANIEL REZENDE por "As Melhores Coisas do Mundo"

DANIEL REZENDE por "Tropa de Elite 2"

DIANA VASCONCELLOS, ABC (FOTO) por "Chico Xavier"

KAREN HARLEY por "Viajo Porque Preciso, Volto Porque te Amo"

QUITO RIBEIRO por "5 x Favela, Agora Por Nós Mesmos"



MELHOR MONTAGEM DOCUMENTÁRIO

BERNARDO PIMENTA por "Utopia e Barbárie"

CLÁUDIA RITA OLIVEIRA por "José e Pilar"

DANIEL GARCIA e MAIR TAVARES por "O Homem que Engarrafava Nuvens"

JORDANA BERG (FOTO) por "Uma Noite em 67"

RAPHAEL ALVAREZ por "Dzi Croquettes"


MELHOR SOM

ALESSANDRO LAROCA, ARMANDO TORRES JR. e GEORGE SALDANHA por "Nosso Lar"

ALESSANDRO LAROCA, ARMANDO TORRES JR. e JOSÉ MOREAU LOUZEIRO por "Quincas Berro D`Água"

ALESSANDRO LAROCA, ARMANDO TORRES JR. e LEANDRO LIMA por 'Tropa de Elite 2"

ALESSANDRO LAROCA, ARMANDO TORRES JR. e LOUIS ROBIN (FOTO) por "As Melhores Coisas do Mundo"

BRANKO NESKOV, CARLOS ALBERTO LOPES, CAS e SIMONE PETRILLO por "Chico Xavier"


MELHOR TRILHA SONORA

BETO VILLARES por "Quincas Berro D'Água"

BID (FOTO) por "As Melhores Coisas do Mundo"

CRISTOVÃO BASTOS por "A Suprema Felicidade"

GUTO GRAÇA MELLO e MV BILL por "5 x Favela, Agora Por Nós Mesmos"

GUTO GRAÇA MELLO por "O Homem que Engarrafava Nuvens"


MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL

ADRIANA CALCANHOTO, BRUNO PALAZZO, CAMANÉ, FILIPE PINHEIRO, LUÍS CILIA, NOISERY, PEDRO GRANATO e PEDRO GONÇALVES por "José e Pilar"

CLÁUDIO LINS e CLÁUDIO TOVAR por "Dzi Croquettes"

EGBERTO GISMONTI por "Chico Xavier"

JAQUES MORELENBAUM (FOTO) por "Olhos Azuis"

PEDRO BROMFMAN por "Tropa de Elite 2"



MELHOR CURTA-METRAGEM FICÇÃO

"ALGUÉM TEM QUE HONRAR ESTA DERROTA" (FOTO) dirigido por Leonardo Esteves

"AVÓS" dirigido por Michael Wahrmann

"ENSAIO DE CINEMA" dirigido por Allan Ribeiro

"EU NÃO QUERO VOLTAR SOZINHO" dirigido por Daniel Ribeiro

"RECIFE FRIO" dirigido por Kleber Mendonça Filho



MELHOR CURTA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO

"AVE MARIA OU MÃE DOS SERTANEJOS" dirigido por Camilo Cavalcante

"DOIS MUNDOS" (FOTO) dirigido por Thereza Jessouroum

"FAÇO DE MIM O QUE QUERO" dirigido por Petrônio Lorena e Sérgio Oliveira

"GERAL" dirigido por Anna Azevedo

"URBE" dirigido por Marcos Pimentel


MELHOR CURTA-METRAGEM ANIMAÇÃO

"OS ANJOS DO MEIO DA PRAÇA" dirigido por Alê Camargo e Camila Carrossine

"BONEQUINHA DO PAPAI" dirigido por Luciana Eguti e Paulo Muppet

"EU QUERIA SER UM MONSTRO" dirigido por Marão

"MENINA DA CHUVA" dirigido por Rosaria

"TEMPESTADE" (FOTO) dirigido por Cesar Cabral


MELHOR LONGA-METRAGEM ESTRANGEIRO

"A  FITA BRANCA" (FOTO) (Das Weisse Band, ficção, Alemanha) - dirigido por Michael Haneke. Distribuição: Imovision.

"A ORIGEM" (Inception, ficção, USA / Reino Unido) - dirigido por Christopher Nolan. Distribuição: Warner Bros.

"O PEQUENO NICOLAU" (Le Petit Nicolas, ficção, França) - dirigido por Laurent Tirard. Distribuição: Imovision.

"A REDE SOCIAL" (The Social Network, ficção, USA) - dirigido por David Fincher. Distribuição: Sony Pictures.

"O SEGREDO DOS SEUS OLHOS" (El Secreto de Sus Ojos, ficção, Argentina / Espanha) - dirigido por Juan José Campanella. Distribuição: Europa Filmes.

domingo, 10 de abril de 2011

SIDNEY LUMET (1924-2011)

Morreu nesse sábado (09 de abril) de câncer linfático o cineasta Sidney Lumet. Sua carreira começou no "genesis" da televisão estadunidense. Lumet dirigia vária séries de TV no começo da década de 50. Mas logo em seu debute para o cinema, o cineasta agraciou os cinéfilos com uma obra-prima. Produzido pelo grande astro Henry Fonda, "12 Homens e uma Sentença" é considerado um dos grandes filmes da década de 50.

Sidney Lumet foi um dos grandes cineastas estadunidenses da história, mas diferente de outros nomes como Stanley Kubrick, Francis Ford Coppola e Martin Scorsese. Seu cinema era de longe autoral. De fato Lumet nunca foi inventivo em seus takes, e não revolucionou tecnicamente a sétima arte. Contudo foi um excelente diretor de atores, arrancando grandes performances de lendas do cinema. É o caso do já citado Henry Fonda em "12 Homens e uma Sentença"; Rod Steiger em "O Homem de Prego"; Katharine Hepburn em "Longa Jornada Noite Adentro"; Sean Connery em "A Colina dos Homens Perdidos"; Al Pacino em "Serpico" e "Um Dia de Cão"; Peter Finch em "Rede de Intrigas"; Paul Newman em "O Veredicto".

Na década de 60 Lumet trabalhou com grandes astros do cinema, sempre analisando um tema em destaque do período. Como em "Limite de Segurança" de 1964, que no auge da Guerra Fria, abordava a tensão psicologica de uma suposta guerra nuclear entre os EUA e a URSS. Ou a perda da fé de um judeu depois do nazismo em "O Homem de Prego". Lumet se consolidou como um grande cineasta que exigia o ensaio diário de seus atores antes das filmagens. Muitos dos artístas que trabalharam com ele ganharam ou simplesmente foram indicados ao Oscar. Lumet também foi agraciado com cinco indicações; quatro como diretor e uma como roteirista. Mas lamentavelmente nunca ganhou, levando a Academia se redimir em 2005 com uma estatueta honorária ao lendário cineasta.

Com a crise dos grandes estúdios de Hollywood, o cinema marginal que era muito evidenciado nos países europeus chegou também aos EUA. Foi nessa leva que Lumet aproveitou o cinema de protesto para dirigir grandes obras de apelo crítico social. No excelente "Serpico", por exemplo, Lumet tira de Al Pacino a vulnerabilidade de um policial honesto mergulhado na corrupção do  Departamento de Polícia de Nova York. Em "Um Dia de Cão" vários segmentos são criticados pelo contundente roteiro de Frank Pierson, e pela firme direção de Lumet que abriu espaço para debates sobre a economia americana que estava em declínio naquele momento, devido a Guerra do Vietnã. O filme também abordou o homossexualismo que fora evidenciado pela atuação visceral de John Cazale.

Na década de 80, Lumet continuou trabalhando, e quase anualmente lançava algum projeto, revesando-se entre cinema e televisão. Nesse período dirigiu bons suspenses e filmes policiais como "O Príncipe da Cidade", "O Vereditcto", "Power" e "O Peso de um Passado", filme que alavancou o talentoso River Phoenix para o mainstream. Nas décadas seguintes trabalhou em produções mais discretas, fechando sua bela carreira com toda a tensão de seus tempos aúreos em "Antes que o Diabo Saiba que Você está Morto".

 TOP 5

 A COLINA DOS HOMENS PERDIDOS (1965)

 UM DIA DE CÃO (1975)

LIMITE DE SEGURANÇA

REDE DE INTRIGAS


 12 HOMENS E UMA SENTENÇA

         Crítica de "12 Homens e uma Sentença"
 

Blogroll

free counters

Minha lista de blogs