23 de Março de 1910 nascia em Tóquio, Akira Kurosawa. De classe média e de ascendência de uma linhagem samurai, o até então jovem cineasta pretendia ser pintor. A arte ,em primeiro lugar, era sua grande paixão. Além da pintura, apreciava literatura e a cultura ocidental. Teve seu primeiro trabalho no cinema, ainda na década de 30, como assistente de direção. Em 1943 debutou como cineasta em "A Saga do Judô". Apesar de seus primeiros trabalhos na década de 40 serem desconhecidos do grande público, Kurosawa dirigiu "Nora Inu", seu primeiro grande filme. No primeiro ano da década de 50, fora reconhecido em Cannes com o excelente "Rashomon". A partir disso conquistou o mundo todo, principalmente a Europa. Dezenas de cineastas fizeram referência aos legendários samurais de Kurosawa. O cineasta italiano Sergio Leone em sua famosa "Trilogia dos Dólares", por exemplo, sempre declarou sua inpiração nas películas do cineasta nipônico. Com "Os Sete Samurais" (1954) Kurosawa tornou-se um dos maiores diretores da história do cinema. O astro Toshiro Mifune seria seu grande ator fetiche e despertaria anos mais tarde, o interesse dos grandes estúdio hollywoodianos. A Toho, famoso estúdio japonês, até chegou a sonda-lo para dirigir uma película de Godzilla, mas os produtores achariam que a produção ficaria ainda mais cara com o ilustre ditor.
No começo da década de 70, Kurosawa tentou suicídio ao cortar seus pulsos. Isso iria se repetir mais vezes durante o resto da vida. Na década de 80 dirigiu "Ran", que consideraria sua maior obra-prima. Baseada em "Rei Lear", o grandioso épico teve indicações ao Oscar em categorias técnicas e venceu por figurino. Kurosawa também foi indicado como melhor diretor, mas perdeu para Sydney Pollack. O cineasta japonês, contudo receberia uma estatueta de mérito em 1989, onde sagrava-se de vez nos EUA. Em 1990 dirigiria "Sonhos", produção norte-americana orçamentado por Steven Spielberg. Morreu em 1998, vítima de um derrame. Ele tinha 88 anos. Confira suas 5 melhores obras.
Seus samurais levaram à sétima arte, figuras grandiosas que levaram poesia e muita mística japonesa para pessoas ao redor do planeta. Sua veneração no Japão, contudo, curiosamente não é tão unanime como no resto do mundo. De qualquer forma fica a minha homengem a esse que foi um dos maiores cineastas da história, e que amanhã completaria um século de vida.
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