quinta-feira, 4 de março de 2010

O MESTRE DA GUILHOTINA VOADORA (1975)


Meu espírito "Tarantinesco" de tirar alguns filmes do limbo, aflorou depois de eu ter visto um documentário sobre o cinema B da Austrália. Em um dos momentos da película, o cineasta Brian Trenchard-Smith fala sobre "The Man from Hong Kong", filme rodado em 1975 com a presença do astro chinês, Yu Wang. Segundo Smith, o mestre em artes marciais e ator de sucesso de fitas marciais, era um sujeito insuportável e preconceituoso.

Considerado o Steve McQueen chinês, Yu Wang abriu às portas para o famoso gênero "Kung Fu" no cinema. Em 1970 dirigiu e protagonizou o primeiro filme de artes marciais (sem espadas e armas), abrindo espaço para Bruce Lee e mais tarde, Jackie Chan.

"O Mestre da Guilhotina Voadora" é a continuação de "O Lutador de um Braço só", primeira película do gênero à alcançar a marca significativa de U$1 milhão em Hong Kong. Esqueça roteiros elaborados e atuações shakesperianas. Aqui a pancadaria domina o filme, e não podeira ser para menos. Yu Wang além de dirigir e protagonizar, também criou o fantástico mundo chinês do século XVIII. Um velho guerreiro cego, descobre que seus dois discípulos foram mortos por um lutador de apenas um braço. Sedento de vingança, o homem parte com sua guilhotina voadora para vingar a morte de seus seguidores. O tal "homem de um braço só
" é conhecido na China Antiga, por suas técnicas de lutas peculiares. Ele sobe em paredes e desafia a lei da gravidade, exibindo-se para os alunos de sua academia de artes marciais. Um dia recebe o convite de um campeonato de Kung Fu, onde os maiores guerreiros da China e de outras regiões da ásia, reunem-se para saber quem é o melhor.

Um dos guerreiros é um índio chinês (???) que estica seus braços, e aplica golpes com a elasticidade de seu corpo. Ele lembra muito o personagem "Dhalsim" da série de games "Street Fighter". Outro lutador bizarro é o tailandês que se une ao "Mestre da Guilhotina Voadora". Antes de sua luta, o guerreiro se concentra com uma dança ao som de uma flauta. Estranho, mas CULT.

O desfecho do filme é empolgante, apesar do visível baixo orçamento limitar alguns efeitos. O som dos socos é engraçado, tanto quanto a maquiagem que beira ao amadorismo. Contudo esses "detalhes" não estragam a diversão que é assistir à "O Mestre da Guilhotina Voadora". Para fãs de lutas marciais e filmes desmiolados, aqui fica minha dica.

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