sábado, 4 de novembro de 2017

Resenha - THOR: RAGNAROK





Por Diego Salomão

Esqueça aquele Thor carrancudo, sério e arrogante de seu primeiro filme, lá em 2011. Quem sabe se foi o exílio na Terra, a entrada pros Vingadores, amizade com Tony Stark, o romance com Jane Foster... O fato é que, seis anos depois, em Ragnarok, o deus do trovão surge bem-humorado, leve, beberrão, mulherengo, cheio de disposição pra lutar e nem aí pro Trono de Asgard. 

Entretanto, a morte de seu pai e posterior aparição de Hela, a deusa da morte – filha de Odin, e portanto herdeira do trono – acaba unindo Thor e seu controverso irmão Loki em uma batalha pela sobrevivência de sua terra-natal. Antes, porém, em uma perseguição com Hela pelos confins do multiverso, Thor e Loki acabam enviados para um planeta desconhecido, onde nosso herói é preso e obrigado a se tornar um gladiador – Jeff Goldblum está impagável como uma versão cósmica e pós-moderna do imperador romano Júlio César! Assim, sem seu precioso martelo, ele entende que só seus braços o tirariam daquele lugar, mas qual não é sua surpresa ao ver que seu oponente era seu grande (bem grande) amigo Hulk, totalmente adaptado à vida de gladiador e sem se lembrar de que também era Bruce Banner.

Dessa forma, depois de muita briga e cenas hilárias, Thor e seu companheiro de batalhas conseguem fugir para tentar impedir o apocalipse (ou Ragnarok?) em Asgard, naquele que é a ponte perfeita traçada pelo Universo Cinematográfico Marvel entre a seriedade política dos Vingadores e as viagens intergalácticas e, por vezes, infantis dos Guardiões da Galáxia. Non-sense sem medo de ser feliz, divertido e bem produzido, Thor: Ragnarok é uma viagem cheia de mistérios, porrada, humor e emoção.

 Um tiro certo do diretor neozelandês Taika Waititi, que ganhou fama com curtas-metragens e filmes de humor e faz sua estreia em Hollywood. Aliás, apesar de ser seu primeiro grande blockbuster, vale lembrar que o universo dos filmes de heróis não é completamente estranho ao diretor, que atuou no fracassado Lanterna Verde (2011) como melhor amigo do protagonista, e recentemente afirmou que ter participado de um filme tão criticado foi fundamental para saber o que não fazer em Ragnarok.

Por fim, eu gostei muito. Se você é do tipo que procura seriedade em filme de super-heróis, nem perca seu tempo. Mas se você daria a roupa do corpo pra ver o Hulk fantasiado de Gladiador, corre já pro cinema!

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