A compulsão de Fritz Lang foi tanta, que ele mesmo se internou por oito dias em uma clínica psiquiátrica para desenvolver melhor o papel do vilão na película. O resultado é maravilhoso, e revelou ao mundo, o talentoso Peter Lorre que anos mais tarde faria sucesso em películas hollywoodianas, como "Casablanca" e "Relíquia Macabra". Além da atuação do protagonista, "M-O Vampiro de Dusseldorf" é conhecido pelos sons que ajudaram bastante no suspense da trama. Um exemplo claro, é o assobio de Beckert antes de fazer mais uma vítima, longo no começo do filme. A música assobiada é um trecho da peça, "O Castelo do Rei" (1874) que foi composta pelo norueguês Edvard Grieg (1843-1907) e tornou-se em uma marca registrada do assassino. Em 1934 o filme foi banido da Alemanha por conta do regime nazista, ainda mais tratando-se de uma obra feita por um judeu, no caso de Lang. "M-O Vampiro de Dusseldorf" está na lista dos "100 Melhores Filmes de Todos os Tempos", divulgado pelo site "They Shoot Pictures" e eleita pelos críticos como o melhor longa produzido na Alemanha. A mistura de ousadia visual e sonora de Fritz Lang, mesclada com o ótimo clima Noir, tornou a película, uma verdadeira obra-prima da sétima arte.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
M-O VAMPIRO DE DUSSELDORF (1931)
O primeiro filme falado de Fritz Lang foi o excelente, "M-O Vampiro de Dusseldorf". Inicialmente a película iria se chamar "Os Assassinos Estão Entre Nós", mas por oposição do regime nazista que já vigorava na Alemanha de 1931, Lang optou por "M", que remete à palava "murder". Escrito pelo próprio cineasta ao lado de Thea vo Harbou, esse filme conta a história baseada em fatos reais, de um infanticida que assustou a população de uma cidade alemã na década de 20. Ao longo da película, o espectador presencia o histérismo da cidade de Dusseldorf, por parte da população, dos policiais e principalmente dos criminosos que sentem-se prejudicados com a incessante caça policial ao assassino de crianças. Para isso os foras da lei reúnem-se para tramar algum plano contra o maníaco. Então, com ajuda dos mendigos da cidade, os criminosos descobrem que Hans Beckert (Peter Lorre) é o assassino , e portanto, devem captura-lo. A partir dai o filme prende atenção, devido aos ângulos de câmera bem empregados por Lang, que ilustram magistralmente, a frenética busca pelo infanticida. Ao ser achado, Beckert passa por um julgamento sem leis e é condenado à morte pelos criminosos da cidade (alguns atores pertenciam a gangues da cidade e eram procurados pela polícia). Em um monólogo assustador, o assassino culpa as vozes de sua cabeça por cometer tais monstruosidades, mas é repudiado pela multidão que decide matá-lo naquele mesmo local. Só que no último instante, os policiais invadem o recinto e salvam Beckert da morte certa.
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1 comentários:
Caramba! Preciso assistir esse filme com urgência. Não tinha ideia do enredo do filme. Nem imaginei que era sobre um infanticida. Parece que é um enredo e tanto. Muito bom tomar conhecimento de grandes obras como essa.
Deve ser um daqueles filmes obrigatórios para todos os admiradores da Sétima Arte.
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