terça-feira, 22 de julho de 2008
BATMAN-O CAVALEIRO DAS TREVAS (2008)
Quando questionado a respeito da escolha do papel do Coringa para o ator Heath Ledger, Christopher Nolan respondeu-"Porque ele é assustador". Automaticante nos remetemos a pequena trajetória do jovem ator australiano. Seus papéis mais expressivos são os dos filmes "Brockback Mountain", onde interpreta o cowboy homossexual e da comédia, "10 Coisas que Odeio em Você", na qual protagoniza uma história romântica ao lado da musa teen Julia Stiles, em uma adaptação moderna de William Shakespeare. Mas se formos a fundo em sua carreira acharemos personagens muito obscuros que Ledger criou. Por exemplo na "A Última Ceia", onde interpreta o policial que se mata no começo do filme, ou em "I´m Not There" que cria mais uma identidade para figura de Bob Dylan. Obviamente nenhum deles se compara ao Coringa, criado para esse blockbuster. Mas nadando contra corrente, o arqui-inimigo de Batman, não merece ao menos uma indicação ao Oscar, como todos andam torcendo. Primeiramente porque se ele estivesse vivo, ninguém cogitaria essa possibilidade, até porque se trata de uma continuação de filme de verão. Segundo porque mesmo a impressionante atuação do ator se mesclou com sua morte precoce no início desse ano, ocasionando exageros por parte da crítica. Já li coisas a respeito dizendo que o Joker de Ledger era uma mistura de Marlon Brando e James Cagney no ápice de suas carreiras. Balela. É apenas uma interpretação de um louco varrido, misturado com uma proposital maquiagem mal feita e assustadora. Claro que uma senhora interpretação, tanto quanto a de Gary Oldman ou de Aaron Eckhart que estão impecáveis durante os 156 minutos da fita. Aliás, méritos de Christopher Nolan, pois o cineasta de Amnésia, sempre buscou traçar a história do Cavaleiro das Trevas, a mais real possível. O roteiro quebra o primeiro "Batman Begins", que já era ótimo, e o filme sagra-se como o Cidadão Kane dos filmes de heróis. Filosoficamente falando o filme é espetacular, e a figura de Coringa é escrita pelos irmãos Nolan, como uma representação da maldade, e a de Harvey Dent, como a da bondade. Já o homem morcego é o elo entre os dois, e sua conclusão é narrada em off por Gary Oldman, na espetacular cena final da película.
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