Herzog e Kinski. Uma das parcerias mais impagáveis da história do cinema mundial, se dá o inicio nesse filme de 1972. AGUIRRE, A CÓLERA DOS DEUSES, é a obra prima de Herzog, por vários fatores. Primeiro, que Klaus Kinski é o próprio Aguirre, desbravador espanhol, que anseia conquistar todas as terras pertecentes à Espanha, e encontrar a lendária cidade de El Dorado, mesmo que para isso contrarie seus superiores, como Don Pedro de Ursua (interpretado pelo brasileiro Ruy Guerra). Com o poder da palavra, Aguirre conquista os homens, que sonham com riquezas, caso encontre a cidade perdida de El Dorado. Nomeiam Don Fernando de Guzman, o novo imperador das terras que irão ser conquistadas. Em meio ao caminho dessa odisséia, Aguirre e seus homens lutam contra as fortes correntes do rio e de indios canibais. Sua loucura leva a morte de todos seus subordinados, e a própria solidão, em meio a imensa mata Amazônica. O personagem de Kinski, em alguns momentos mostra sensibilidade, quando presenteia sua filha, também presente na expedição, com um animal. Ou seja, Aguirre, mostra todos os sentimentos, desde ambição até o amor pela sua filha, magestralmente dirigido por Herzog. A natureza do personagem é um grande paradoxo, e sua heresia diante a deus (ou a natureza), é castigada com a perda de seus grandes ideais e seu grande amor. No final, Aguirre é somente um homem sobre uma balsa, flutuando em um rio de solidão. Senhoras e senhores, esse é AGUIRRE, A CÓLERA DOS DEUSES, demonstração de como o cinema deveria ser em todos aspectos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário